Jornal da “ditabranda” incensa o mago das fake news

Enalteça-se a existência de um movimento contrário às fake news, ao qual o governo Lula adere por meio do referido site, do qual a Folha não gostou

Steve Bannon
Steve Bannon (Foto: Steven Hirsch/Pool via REUTERS)


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 A mentira faz parte da vida, e às vezes recorremos a ela para evitar contratempos mais sérios. Essa é a mentira sem dolo, mas mentira, por certo. Nunca mentir parece uma qualidade inalcançável ao ser humano, todavia forjar inverdades para destruir reputações é abominável. O mestre supremo dessa arte criminosa ganhou destaque na Folha de S. Paulo nesta quarta-feira (29).

Steve Bannon começa a entrevista interrompendo o repórter para dizer que não acredita que Trump e Bolsonaro perderam as eleições. Nada mais precisaria falar para que o leitor razoável mandasse o jornal imediatamente à lata de lixo, ou abandonasse a página na internet.

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O uso de fake news como estratégia política vem sendo denunciado reiteradamente como arma da extrema-direita. São graves suas consequências à democracia e, mesmo assim, a incrível Folha ataca, ecoando agências de checagem, o site do governo encarregado de desmenti-las na mesma edição em que põe holofotes sobre Bannon, uma espécie de Goebbels contemporâneo. Claro, as tecnicalidades exigidas na averiguação de fakes e seu desmentido não estão todas presentes no site oficial, pois se trata de um instrumento menos técnico e mais de defesa institucional.

Na macropolítica, as fake news subiram ao topo durante a campanha que elegeu Donald Trump presidente dos Estados Unidos, mas não ficaram atrás em pleitos de alguns países europeus. No Brasil, Jair Bolsonaro elegeu-se mediante uso e abuso de noticias falsas, elaboradas por gente contratada, cabeças pensantes preparadas para elaborar coisas como a “mamadeira de piroca” que seria distribuída às crianças pelo candidato adversário. Bannon orientou a campanha bolsonarista e ainda hoje é próximo de Eduardo, o 03 que compete com o pai no campo das louvações à ditadura - para a Folha, “ditabranda”, conforme nauseante editorial de tempos atrás.

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Enalteça-se a existência de um movimento contrário às fake news, ao qual o governo Lula adere por meio do referido site, do qual a Folha não gostou. Felizmente, a cada dia mais e mais pessoas têm consciência de que textos, memes e vídeos com que se deparam na internet contêm invenções, são fictícios mesmo. Pena que tanta gente se preste a disseminá-los mesmo sabendo serem falsos. As razões psicológicas e filosóficas que explicam tal comportamento já começam a ganhar literatura. 

O Brasil tem pelo menos 100 milhões de “marqueteiros” distribuindo mentiras – a população faz parte do pecado, e as agências de checagem de fatos ainda não conseguem trabalhar na mesma velocidade. Enquanto a população endossar fake news, não se resolverá o problema. Ressalte-se que criá-las e disseminá-las é caluniar e difamar, crimes previstos no Código Penal Brasileiro, daí a nos perguntarmos por que tantas leis não são devidamente aplicadas no Brasil, outro problema histórico.

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No campo das estratégias políticas, das campanhas eleitorais especificamente, exagerar ou conferir cores mais fortes a comportamentos, atos e fatos tem sido a regra desde sempre - algo bem diferente de criar e espalhar fake news. Estes são recursos retóricos, persuasivos, não mentiras.

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