João Dória em: A morte também usa Ralph Lauren

Não sejamos ingênuos em acreditar que o moço da “calça apertada” está lutando pela vida da população. Pois a única que ele valoriza é a própria. Ele não passa de um Bolsonaro de banho tomado, sapatênis e pulôver nas costas



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Habemus vacina! A cura para a Covid 19 já está oficialmente entre nós. Uma vitória da ciência brasileira, dos nossos pesquisadores, do SUS, da vida. Em nenhum desses grupos está o Governador de São Paulo, João Dória. Mesmo que ele esteja posando para os holofotes, querendo ser reconhecido como o pai da criança, não nos esqueçamos de que ele nunca teve compromisso com a ciência, com o SUS, e, muito menos, com a vida do povo brasileiro.

João Dória é a face mais dissimulada de um neoliberalismo que viu o inapto e mal ajambrado Jair Bolsonaro, queimar o seu filme e atrasar a evolução do novo processo estrutural escravista que vinha sendo costurado desde o golpe de 2016. A guerrinha de egos entre os dois, se resume a uma disputa pelo posto de genocida mais convincente e útil ao projeto sócio econômico do empresariado nacional e do capital estrangeiro. Estamos falando de política. É bom nunca nos esquecermos disso.

Bolsonaro e Dória são dois parasitas que se alimentam do sangue do gado que se assenta sob seus domínios e se deixam guiar pelos gritos e alardeados que caracterizam o jeito de ambos fazerem política. O Governador de São Paulo, inegavelmente, é mais inteligente e polido do que o Capitão amante da cloroquina. Virtudes que podem fazê-lo ainda mais perigoso e cruel do que o tosco que hoje nos governa. Dória sabe melhor do que ninguém, esconder as suas más intenções debaixo das plumas de cordialidade e dos paetês de gentileza, que a elite costuma usar para adornar o seu corpo banhado a privilégios e sua alma vendida ao dinheiro.

Nos próximos capítulos, veremos um presidente ferido em seu orgulho insano, por ter perdido a primeira batalha rumo à disputa presidencial de 2022, tentando sabotar de alguma forma a vitória que ele entende ter sido do seu principal adversário político. Isso pode trazer sérias consequências para nós, o povo. Principalmente, se nos mantivermos como meros e pacíficos espectadores desse confronto entre o mal e a maldição, acreditando que um dos nada distintos cavalheiros é o mocinho da história. Não tem herói nessa peleja. A vilania dos competidores representa a morte. Só muda a o estilo da vestimenta.

Não sejamos ingênuos em acreditar que o moço da “calça apertada” está lutando pela vida da população. Pois a única que ele valoriza é a própria. Ele não passa de um Bolsonaro de banho tomado, sapatênis e pulôver nas costas. Por sorte, dessa vez os seus interesses (a presidência em 2022) coincidiram com o do povo (a vacina urgente) Ele ainda é o mesmo que ofereceu ração como merenda escolar para crianças, que mandou passar o trator por cima de casas com gente dentro e que quando tomou posse, disse com um largo sorriso na sua face botocada, que agora a Policia iria atirar pra matar.

Isso é política, meus caros! Fiquem espertos para não cometerem o mesmo erro na próxima eleição. Vê se não vai me trocar um genocida fedorento, por um eugenista perfumado. Cuidado com a morte, porque ela tem vários disfarces. Tanto pode se apresentar usando uma camisa falsificada do Palmeiras, como trajando uma elegante polo Ralph Lauren.

Viva a VACINA! Olho vivo em João Dória! Fora Bolsonaro!

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