Janot dá argumento para anulação do impeachment

"Janot deixa claro que o primeiro e principal alvo da quadrilha do PMDB chefiada, segundo ele, por Temer foi a Petrobras e apresenta uma coleção de crimes cometidos pelo grupo Temer-Padilha-Moreira Franco-Geddel-Cunha, assim como os conflitos internos e desavenças de forma lógica, cronológica e coerente. Num dos trechos mais relevantes, Janot revela, com fatos, que o impeachment da presidente Dilma não se baseou nas pedaladas fiscais alegadas; a quadrilha do PMDB a derrubou convencida de que Temer, e não ela os protegeria da Lava Jato", diz o colunista Alex Solnik; "Um golpe, portanto"

"Janot deixa claro que o primeiro e principal alvo da quadrilha do PMDB chefiada, segundo ele, por Temer foi a Petrobras e apresenta uma coleção de crimes cometidos pelo grupo Temer-Padilha-Moreira Franco-Geddel-Cunha, assim como os conflitos internos e desavenças de forma lógica, cronológica e coerente. Num dos trechos mais relevantes, Janot revela, com fatos, que o impeachment da presidente Dilma não se baseou nas pedaladas fiscais alegadas; a quadrilha do PMDB a derrubou convencida de que Temer, e não ela os protegeria da Lava Jato", diz o colunista Alex Solnik; "Um golpe, portanto"
"Janot deixa claro que o primeiro e principal alvo da quadrilha do PMDB chefiada, segundo ele, por Temer foi a Petrobras e apresenta uma coleção de crimes cometidos pelo grupo Temer-Padilha-Moreira Franco-Geddel-Cunha, assim como os conflitos internos e desavenças de forma lógica, cronológica e coerente. Num dos trechos mais relevantes, Janot revela, com fatos, que o impeachment da presidente Dilma não se baseou nas pedaladas fiscais alegadas; a quadrilha do PMDB a derrubou convencida de que Temer, e não ela os protegeria da Lava Jato", diz o colunista Alex Solnik; "Um golpe, portanto" (Foto: Alex Solnik)


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Está em marcha, por meio de grandes órgãos da imprensa, como a Folha de S. Paulo uma campanha de desmoralização da segunda denúncia de Janot contra Temer.

   É uma peça de 245 páginas. Confiando em que ninguém vai ler na íntegra os jornais dizem o que querem, o que pode levar seus leitores a conclusões nem sempre casadas com a realidade.

   Argumentos tais como “denúncia baseada em fatos ainda não apurados” ou “denúncia fundamentada em delações” e delações por si sós não constituem prova, são repetidos insistentemente, mas não devem ser levados em conta.

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   Tentam desqualificar Janot porque ele não soube lidar com a fita secreta e misteriosa que provocou a prisão de Joesley, mas, assim como as provas não perdem validade com o rompimento do acordo de delação, não se pode ignorar a competência da denúncia em razão da falta de cuidado na divulgação do autogrampo.

   Denúncia fundamentada em delações não quer dizer palavra de um contra outro; não, há várias mensagens de celular, inclusive uma de Cunha colocando Temer no topo da pirâmide - o diálogo em que Henrique Alves afirma que seriam “2 convites” para SP e para RN, ao que Cunha responde, com sua fina argumentação: “isso vai dar merda com Michel”.

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   Dizer que é denúncia baseada em fatos não apurados é fechar os olhos e ouvidos às frases-chave do grampo de Temer com Joesley – “Rocha Loures é da minha mais alta confiança” e “tem que manter isso, viu”? –; à cena de Rocha Loures com a mala e jogar areia no fato de que Janot está pedindo abertura de investigação contra o presidente da República, razão pela qual ele não precisa dar os fatos por provados, mas elencar fortes e veementes indícios de práticas criminosas, o que ele cumpre com louvor.

   Janot deixa claro que o primeiro e principal alvo da quadrilha do PMDB chefiada, segundo ele, por Temer foi a Petrobras e apresenta uma coleção de crimes cometidos pelo grupo Temer-Padilha-Moreira Franco-Geddel-Cunha, assim como os conflitos internos e desavenças de forma lógica, cronológica e coerente.

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   Num dos trechos mais relevantes, Janot revela, com fatos, que o impeachment da presidente Dilma não se baseou nas pedaladas fiscais alegadas; a quadrilha do PMDB a derrubou convencida de que Temer, e não ela os protegeria da Lava Jato.

   Um golpe, portanto.

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    Diz o trecho:

   Em 2015, a relação entre os integrantes do "PMDB da Câmara" ora denunciados e a ex-presidente Dilma Rousseff estava fortemente abalada, especialmente pela exoneração de MOREIRA FRANCO da Secretaria de Aviação Civil sem prévio ajuste com MICHEL TEMER.

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   No meio deste clima de descontentamento, no início de 2015, EDUARDO CUNHA decidiu não observar o acordo de alternância entre PT e PMDB e lançou-se candidato à Presidência da Câmara dos Deputados numa disputa com o candidato do PT Arlindo Chinaglia.

   Esse episódio marcou uma virada importante no relacionamento entre os integrantes do núcleo político da organização criminosa do "PMDB da Câmara" e do PT.

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   Os caciques do PMDB achavam que o governo não estava agindo para barrar a Operação Lava Jato em relação aos "aliados" por que queriam que as investigações prejudicassem os peemedebistas; já os integrantes do PT da organização criminosa desconfiavam que aqueles queriam fazer uma manobra política para afastar a então presidente Dilma do poder e assumir o seu lugar.

   As desconfianças foram alimentadas pela instauração no âmbito do Supremo Tribunal Federal de inúmeros inquéritos relacionados à Operação Lava Jato.

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   Embora eles também atingissem integrantes do PT, a crença dos denunciados era de que apenas os inquéritos contra os "aliados" avançariam. Por outro lado, foi formulada no âmbito da Câmara dos Deputados representação de impedimento contra a então presidente Dilma em 01.09.2015, aditada em 17.09.2015 e, depois, em 21/10/2015.

   A tensão originada entre os integrantes do núcleo político da organização criminosa, em especial integrantes que pertenciam ao PT e ao "PMDB da Câmara", ocasionou uma forte crise política.

   Coube a MICHEL TEMER expor, numa carta, a insatisfação do seu grupo político com o governo. Nesta carta, MICHEL TEMER cita expressamente o seu descontentamento com o tratamento dispensado pela então Presidente Dilma para com seus aliados de sempre MOREIRA FRANCO e ELISEU PADILHA.

   A crise dentro do núcleo político da organização criminosa aumentava à medida que a Operação Lava Jato avançava, desvendando novos nichos de atuação do grupo criminoso.

   Nesse cenário, os articuladores do PMDB do Senado Federal, em especial o Senador Romero Jucá, iniciaram uma série de tratativas para impedir que a Operação Lava Jato continuasse a avançar.

   Como não lograram êxito em suas tratativas, em 29.03.2016, o PMDB decidiu deixar formalmente a base do governo e, em 17.04.2016, o pedido de abertura de impeachment da Presidente Dilma Rousseff foi aprovado pela Câmara dos Deputados.

   É mais um forte argumento pela anulação do impeachment, assinado pelo chefe de um dos mais altos cargos do Poder Judiciário.

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