Jair e os vagabundos patriotas a caminho da intervenção psiquiátrica

É hora dessa corja fanática arrumar as malas, colocar na boleia de seus caminhões e ir embora

Manifestantes bloqueiam rodovia Castelo Branco, em Barueri, na Grande São Paulo - 02/11/2022
Manifestantes bloqueiam rodovia Castelo Branco, em Barueri, na Grande São Paulo - 02/11/2022 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)


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Olha! Nunca antes na história desse país, desde que os portugueses passaram a perna nos indígenas e se proclamaram os donos dessa terra, se viu algo tão tosco, triste, violento e engraçado ao mesmo tempo. O bolsonarismo transformou o Brasil num misto de Sucupira, The Walking Dead, O Exorcista e Missa da meia-noite celebrada pelo Padre Kelson, Kellogs, Kelton, Kelmon, enfim, o candidato padre de festa junina. Revoltados com a derrota do seu mito, um verdadeiro e legítimo exército de Branca Leone se posicionou no front, ou melhor, no meio das principais rodovias do país, para protestar contra a eleição de Lula, que será presidente do Brasil pela terceira vez e já pode pedir música no Fantástico.

Seres estranhos vestidos de verde e amarelo, foram saindo dos cantos mais sombrios dessa terra brasilis e começaram a se espalhar no meio da civilização pedindo intervenção militar e gritando: 142! 142! 142! Poderia ser um bom palpite para uma centena do jogo bicho, que por sinal, é cavalo, um animal que, assim como os bolsonaristas, pertence ao grupo dos equinos, mas possui uma capacidade de raciocínio mais lúcida. A cada cena que eu assistia protagonizada por esses alienígenas sociais, eu tinha a certeza de que estávamos diante de uma obsessão espiritual coletiva provocada pelo demônio da cloroquina. Em uma delas, um grupo comemorava a derrota de Bolsonaro, dizendo que a fraude nas urnas havia se cumprido, e, portanto, o presidente poderia colocar em prática o seu plano de dar um golpe de e stado. Era a prova que ele precisava.

No entanto, o senso de patriotismo desses zumbis é um tanto quanto questionável. Uns estavam enrolados na bandeira de Israel, outros empunhavam bandeiras dos USA e alguns protestavam em idiomas desconhecidos. Como uma mulher de meia idade, que ao mesmo tempo em que babava pelos cantos da boca, exclamava algo do tipo: “Decantaralábiasuviasherebenebialabia”, que depois fui saber se tratar do idioma dos anjos. Também conhecido como “línguas estranhas”. Ela pedia a Deus para não deixar o país cair nas mãos dos comunistas, mas parece que ele não entendeu muito bem a sua pronúncia. Loucuras à parte, mais e mais loucuras podem ser presenciadas pelas ruas do país. Como um grupo de pessoas que estão acampando em frente a quartéis do comando militar do Exército, c lamando por intervenção militar e pelo impedimento da posse de Lula.

Aliás, em Santa Catarina, um desses grupos cantavam o hino nacional brasileiro fazendo a saudação nazista, numa junção entre os patriotismos hitleriano e bolsonarista. O puro suco da bandidagem fascista que poderia estar sendo combatido pelo cassetete de borracha das nossas forças de segurança, se esse país fosse sério e não admitisse apologia à crimes contra a humanidade. A ordem que essa legião de delinquentes acéfalos está dando ao Exército, deveria ser cumprida imediatamente contra eles, para que experimentassem em seus lombos de gado coberto de verde e amarelo, a eficácia de uma intervenção que os impedissem de serem criminosos, covardes e antidemocráticos. E que essa intervenção cirúrgica se estendesse ao ainda presidente d a república, que é o principal responsável e incentivador dessa balbúrdia diabólica que tomou conta das ruas do país.

O pronunciamento de Jair não convenceu e podemos esperar dele, a qualquer momento, como é característico de sua personalidade dúbia e do seu mau-caratismo ímpar, uma reação extremada valendo-se do apoio popular desse bando de fanáticos que o idolatra. Aquele sorriso debochado e amarelado, misto de tristeza, ódio e tártaro, exibido por ele durante a breve coletiva de imprensa que concedeu, esconde a maldade e a perversão de quem ainda espera por uma guerra civil que mate, no mínimo, uns 30 mil. Jair não é confiável e ainda teve 58 milhões de eleitores tão confiáveis quanto ele, desejando a continuidade de seu governo incompetente, corrupto, destrutivo e genocida. Uma gente que passou a acreditar nas próprias mentiras que foram ensinadas a contar e que chegou a comemorar nas ruas a prisão do ministro Alexandre de Moraes, expedida por um juiz do zap-zap e anunciada através dos altos falantes da loucura que eles estabeleceram nas ruas.

A conivência da polícia com a ação desses baderneiros deveria servir de alerta para o próximo governo Lula, que deveria iniciar o seu mandato promovendo o maior concurso público da história para a área de segurança e exonerando todos os agentes comprovadamente envolvidos com essa gadoceata e os fazendo experimentar a lei que se recusaram a cumprir. Se fosse um protesto da esquerda, já teríamos dezenas de vítimas fatais produzidas por essa polícia bolsonarista e criminosa. Lula precisa se desfazer de boa parte dessa gente e nomear pessoas sérias e comprometidas com a democracia para chefiar as polícias do país. Do contrário, terá o seu governo sabotado pelo patriotismo seletivo de autoridades bolsonaristas que continuarão no poder. O pau precisa torar para cima desses grupelhos, para eles sentirem o peso da mão da maioria. A maioria que escolheu Lula como seu novo líder e não aceita mais ser coagida e intimidada por fascistas desequilibrados e ruminantes.

É hora dessa corja fanática arrumar as malas, colocar na boleia de seus caminhões e ir embora, dando adeus acima de tudo ao seu projeto de nazificação e destruição patriótica da sociedade brasileira. O verde e amarelo do Brasil é de todos nós. A nossa bandeira jamais será fascista, ainda que já esteja manchada pelo sangue de 700 mil brasileiros e rasurada pela fome de 33 milhões de habitantes, produzidas pelo governo de Jair e sua seita. Chega, porra! Não podemos continuar submissos à distopia social e a instabilidade psiquiátrica dessa gente, agora que o bolsonarismo não estará mais no poder a partir de janeiro. Quem manda agora é a democracia, a lei, o amor, a empatia, a solidariedade, a harmonia, o respeito, a dignidade, a inclusão, a afirm ação das minorias, tudo o que estava proibido durante os últimos 4 anos. Ou furamos agora os pneus desses caminhões desgovernados, ou eles ainda tentarão nos atropelar.

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