Já vimos esse filme

A história de Collor se parece um pouco com a que vemos agora em Sergipe. Com a fala mansa e a cara de bom moço, Amorim promete o céu, diz que tudo está ruim e com ele tudo melhorará



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Em 1989 o Brasil caiu em um grande engodo midiático. Lula da Silva e Leonel Brizola eram os candidatos mais fortes às eleições presidenciais daquele ano e prometiam uma revolução social, cuidar dos que mais precisavam, dos mais pobres.

O pessoal do andar de cima, os senhores da Casa Grande, não gostaram nada da ideia de inversão de prioridades. Afinal, por 500 anos o Brasil servia somente a uma elite predadora e demofóbica.

O povo no poder, embora fosse o mais elementar princípio democrático, não importava à aristocracia brasileira.

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Rapidamente encontraram um meio de se livrar dessa "ameaça". Na falta de um nome de peso, com história e tradição de cuidar do povo, a direita fez um atalho em um dos mais vergonhosos pactos contra a República de nossa história recente: inventaram um candidato, os empresários poderosos o encheram de dinheiro e a mídia, notadamente a Globo, a Veja e a Folha, fizeram dele uma espécie de Salvador da Pátria.

Seria ele a favor dos pobres e tiraria o privilégio criminoso dos ricos, o nosso Robin Hood com gel no cabelo, o implacável Caçador de Marajás.

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Jovem, bonito, nascido em família de poderosos do Nordeste, ele prometia ser o novo e mudar o Brasil para melhor, suas promessas eram cheias de fantasias e sua história não levava a crer que elas fossem se concretizar.

Mas a grande mídia, nas mãos de famílias bilionárias, fizeram o povo acreditar que ele era o cara certo.

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Seu nome, Collor de Melo. O que fez, confiscou o dinheiro da poupança de todos os brasileiros, menos de seus amigos, se aproximou cada vez mais de empresários inescrupulosos e começou uma assalto aos cofres públicos.

O povo o arrancou de lá à força e levou anos para superar esse trauma.

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A história se parece um pouco com a que vemos agora em Sergipe. Collor usava o número 20, o mesmo do de Amorim. O tesoureiro de Collor se suicidou, como o dos Amorim. Collor era o preferido dos donos de jornais e de TVs, como o candidato Amorim. Collor era o preferido dos grandes empresários, como o Amorim. Collor prometia o céu para o povo, mesmo que sua trajetória não confirmasse que um dia ele tenha feito algo em favor do povo, igual ao nosso generoso Amorim.

Amorim é o cabra que diz e desdiz com a mesma fleuma, o mesmo ar blasé de sempre, a mesma cara de quem não tá nem aí pra coisa nenhuma.

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Demonstrou várias vezes ser contra as conquistas do povo: embora seja médico, Amorim foi incisivamente contra o programa Mais Médicos. Seguindo o pensamento dos donos de jornais e TVs, depois que percebeu que o programa contava com aprovação popular, Amorim disse que era a favor.

Amorim também foi contra a redução da carga horária dos enfermeiros, atraindo a ira da categoria. Não tem jeito, até na saúde o doutor Amorim é do contra.

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Foi contra o ProRedes, levando o seus correligionários a sabotarem a aprovação do empréstimo. A presidenta da Assembleia, do seu partido, chegou a sair pela porta dos fundos para não receber o oficial de justiça com ordem judicial para que ela desse início à votação na casa; mas Amorim nega que tenha sido por orientação sua.

Jackson Barreto teve que fazer um esforço sobre-humano para conseguir aprovar o projeto que tem a finalidade de trazer mais recursos para melhorar a infraestrutura do sistema de saúde.

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Amorim também foi contra o Proinveste, mesmo sabendo que seriam injetados R$ 567 milhões para obras de infraestrutura no Estado. Sua teimosia sabotadora obrigou Déda a sair do leito do hospital e passar por uma humilhante romaria para conseguir aprovar o empréstimo que hoje é usado em prol do povo sergipano; mas agora Amorim diz que nunca foi contra.

Amorim também foi contra o projeto Carnalita, que vai injetar R$ 4 bilhões na economia sergipana e gerar cerca 4 mil empregos na fase de construção e mil empregos assim que entrar em operação. Capela e Japaratuba receberão royalties que serão fundamentais para o crescimento destes municípios. Como alguém pode ser contra isso?

Ele é do contra, contra tudo o que serve para o povo sergipano. É da turma do caos, do quanto pior, melhor.

Sem uma história política sólida e consistente, o que se sabe dele é que, sempre à sombra do irmão, conseguiu cuidar muito bem de sua própria vida.

Está aí porque foi projetado artificialmente, dizem que os poderosos que o apoiam o fazem por terem sido convencidos pelo capricho do irmão e mentor político Edivan Amorim, um mercador da política, que o apresentou como aquele capaz de representar os interesses dos homens de negócio. Pode confiar, porque Eduardo será sempre leal aos seus interesses.

Aos sergipanos, com a fala mansa e a cara de bom moço, promete o céu, diz que tudo está ruim e com ele tudo melhorará.

Mas a gente já viu esse filme. O povo não cairá nessa armadilha novamente.

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