Já vai tarde
A cata de vantagens locacionais (poucos impostos, baixos salários, pouca legislação ambiental, ausência de direitos trabalhistas e sindicatos fortes) essas empresas disputam, como abutres, os favores governamentais em todo mundo
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Um dos aspectos mais destacados da globalização dos mercados é o que se chama da "verticalização da cadeia produtiva" das empresas multinacionais. Vem ocorrendo um agressivo movimento de desterritorialização da produção industrial. O mundo subdesenvolvido vai se transformando em plataformas de lançamento dessas empresas, sendo ocupado por zonas de processamento e montagem dessas empresas.
A cata de vantagens locacionais (poucos impostos, baixos salários, pouca legislação ambiental, ausência de direitos trabalhistas e sindicatos fortes) essas empresas disputam, como abutres, os favores governamentais em todo mundo. Quando encontra quem lhes de mais vantagens, elas simplesmente abandonam o país e se mudam para outro canto, sem dizer adeus ou muito obrigado. Isso aconteceu com a Ford, a mais antiga montadora de veículos automotores.
Ela abandonou o Rio Grande do Sul porque Antônio Carlos Magalhães ofereceu empréstimo do Banco da Bahia, sob a alegação da criação de empregos e renda. Na época, o Tribunal de Contas disse que o custo desses empregos era tão grande, que era melhor entregar o dinheiro diretamente aos trabalhadores. Agora anunciou que está deixando o país, devendo ao BNDES e depois de ter arrancado tudo dos brasileiros.
Que se aprenda com o exemplo: esse modelo de desenvolvimento econômico é insustentável, predatório, desagregador da federação brasileira e só beneficia as matrizes estrangeiras dessas montadoras. Elas não têm nenhum compromisso com o povo e a nação hospedeira. Já vai tarde.
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