Já é 2018. E agora?

Para os que acharam que 2017 foi um ano conturbado politicamente, se preparem que 2018 promete ser ainda mais excitante em matéria de embates nas ruas entre os que querem o retorno do Brasil a normalidade e os que preferem ver os poucos ricos ficando ainda mais ricos com a exploração das riquezas do nosso país

lula
lula (Foto: Dimas Roque)


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O sol voltou a brilhar no sertão, assim como faz a milhares de anos. Ele nos traz a certeza, para os que acordaram hoje, que estamos vivos em ano de Copa do Mundo de Futebol, onde os sonhos de que a Seleção Brasileira possa voltar a ser campeã e nos vingue da vergonha dos 7 X 1 que levamos da Alemanha se realizem.

E foi a quatro anos atrás que vimos as ruas se encherem de camisas amarelas da seleção brasileira por pessoas que pediam a saída da Presidenta eleita Dilma Rousseff. Eles mancharam um símbolo nacional, mas teremos a oportunidade de este ano, a vestirmos sem o sentimento de termos feito parte do golpe que instalou no palácio do planalto uma quadrilha, segundo o próprio ministério público.

2017 se foi e não deixa boas lembranças. O combustível para automóveis subiu vertiginosamente. O gás, a água, a energia, os juros... E até na última semana do ano que passou, Temer assinou uma medida provisória retirando a proibição para a venda do sistema Eletrobrás e suas controladas – Furnas, (Chesf) Companhia Hidroelétrica do São Francisco Eletronorte, Eletrosul e a (CGTEE) Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica – do Programa Nacional de Desestatização. Sim, ele ainda vendeu boa parte do Pré-sal aos gringos. E dizem a boca miúda que é a entrega da fatura pelo apoio ao golpe vinda dos Estados Unidos.

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Mas 2018 terá algo mais do que a Copa do Mundo. Teremos este ano eleições para deputados estaduais, federais, senadores, governadores e para a Presidência da República. Será a oportunidade de o povo eleger candidatos comprometidos com as causas populares e não mais picaretas representantes de industrias, agronegócios, bancada da bala e assemelhados. Só o voto popular trará o Brasil de volta à normalidade.

No quesito "preferência eleitoral", Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro estão bem à frente dos outros. O Petista com uma frente nas pesquisas de intenções de votos que deixa o segundo colocado a ser visto só com um binóculo potente. Caso não haja nenhum empecilho, o barbudo de Pernambuco deverá sair como o vencedor e retornará à presidência. E já anunciou que irá convocar um referendo revogatório, proposta do senador Roberto Requião, para as medidas tomadas contra a economia brasileira por Temer.

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Mas quem pode mudar o curso dessa história? A justiça!

Lula será julgado no próximo dia 24 pelo Tribunal Regional da 4ª região em Porto Alegre. É um julgamento, caso não mude o que já está praticamente anunciado antecipadamente pelos próprios desembargadores, o réu, Lula, já está condenado. E para tocar fogo no Brasil, o procurador Deltan Dallagnol, pede a prisão do Petista em caso de condenação. É como se ele já soubesse a sentença a ser proferida. Já alguns juízes e advogados que não fazem parte do processo, afirmam que mesmo em caso de condenação, Lula poderá ser candidato e eleito, assumir o cargo de presidente do Brasil.

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Segundo as pessoas mais próximas de Lula, ele está ciente da injustiça que lhe pode acontecer e mesmo assim, não demonstra nenhuma fraqueza diante da situação. E avisa que está pronto, condenado ou não, para liderar o Brasil de volta a democracia através do voto popular em outubro deste ano.

Para os que acharam que 2017 foi um ano conturbado politicamente, se preparem que 2018 promete ser ainda mais excitante em matéria de embates nas ruas entre os que querem o retorno do Brasil a normalidade e os que preferem ver os poucos ricos ficando ainda mais ricos com a exploração das riquezas do nosso país.

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