Iraque: 20 anos de mais uma guerra imperialista dos EUA

A guerra no Iraque foi um crime dos EUA

Militares da coalizão liderada pelos Estados Unidos no Iraque
Militares da coalizão liderada pelos Estados Unidos no Iraque (Foto: Paulo Emílio)


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Por José Reinaldo Carvalho, 247 - Em 20 de março de 2003, os Estados Unidos e o Reino Unido bombardearam e invadiram o país árabe, alegando que o regime de Saddam Hussein estaria produzindo armas de destruição em massa. Foi uma ação unilateral sem autorização da ONU, cujos inspetores não encontraram provas da acusação. Em 2004, atuando no terreno como autoridades de ocupação, os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido reconheceram que não havia armas de destruição em massa no Iraque. A desfaçatez fica patente, quando se constata que crimes foram cometidos em nome da suposta destruição das mencionadas armas. 

A rigor, nenhum dos argumentos para atacar o Iraque se sustentava. Não há um problema sequer envolvido em tal argumentação que não pudesse ser resolvido pacificamente e por meios diplomáticos, nos termos de uma política estabilizadora de relações internacionais, além dos meios jurídicos, nos termos da Carta das Nações Unidas e de outros documentos legais que constituem o direito internacional. 

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Na verdade, a motivação para a guerra era outra. Tinha a ver com a inflexão operada na política externa estadunidense pela Doutrina Bush. Esta guerra tinha a ver com petróleo e a conquista de posições geopolíticas na luta que os Estados Unidos levam a efeito para exercer hegemonia no mundo. Nada a ver com direitos humanos, democracia, armas de destruição em massa ou missão civilizadora, muito embora os neocons considerem que os Estados Unidos são portadores desses valores e que é seu desiderato fazê-los triunfar no mundo, mesmo que de forma cruenta, ao atropelo do direito internacional, da democracia praticada segundo outros critérios e dos próprios direitos humanos. Na verdade são pretextos para salvaguardar interesses imperiais travestidos de valores.

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