Investigação sobre ataque ao Capitólio é exemplo útil para o Brasil, diz especialista em direitos humanos
"Em nenhum lugar vale a pena jogar a sujeira dos governos autoritários para baixo do tapete. A democracia agradece", escreve Paulo Moreira Leite

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Por Paulo Moreira Leite
Quem assistir à entrevista do advogado Arnóbio Rocha à TV 247, disponível no site a partir das 17h desta segunda-feira, terá direito a uma valiosa reflexão sobre uma possível transição de Jair Bolsonaro para um governo Luiz Inácio Lula da Silva.
"O Brasil é acostumado a fazer transições transadas, que deixam aquele rabo autoritário vivo a nos ameaçar", diz Arnóbio, num comentário que se inicia aos 39:05 e se prolonga pelos minutos seguintes.
"Não dá para fazer aqueles acordos que não punem ninguém. Com isso você joga o problema para daqui a quatro anos", acrescenta, lembrando a postura do Partido Democrata, que minimizou os riscos da invasão do Capitólio para a sobrevivência das instituições e só decidiu reagir quando ficou claro que um ambiente de impunidade iria abrir as portas para um eventual retorno de Donald Trump e sua turma para a Casa Branca. "Eles congelaram o assunto e no começo da campanha Trump chegou ao primeiro lugar nas pesquisas", afirma.
Arnóbio recorda que as revelações sobre a invasão do Capitólio, que incluíram depoimentos chocantes de altos funcionários da Casa Branca sobre uma operação terrorista em larga escala contra o voto da maioria da população, os democratas foram capazes de equilibrar o jogo.
A conclusão tem valor universal. Em nenhum lugar vale a pena jogar a sujeira dos governos autoritários para baixo do tapete. A democracia agradece.
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