Ingratidão
Desde os 15 centavos, desde o golpe, desde a prisão de Lula, e fazendo uma volta a um passado um pouco mais distante, quando Danusa Leão se indignou por dali a pouco não existirem mais “domésticas”, estamos um país doente e ingrato
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Em um sábado de quarentena, ouvindo Bella Cio (o hino da resistência italiana contra o fascismo de Mussolini e das tropas nazistas durante a Segunda Guerra Mundial), música muito ouvida pelos brasileiros, eu me pergunto: Como nós, brasileiros, podemos brilhar tanto os olhos para histórias de resistências e do bem vencendo o mal e não enxergamos nossa própria história?
Quando Dilma foi vaiada, xingada, invadida e humilhada, fiquei revoltada. Quando Dilma sofreu o golpe, fiquei incrédula. Quando Lula foi preso, fiquei indignada e, quando Bolsonaro foi eleito, fiquei literalmente doente.
Não entendia naquela época como um brasileiro podia não admirar e não ser grato a uma mulher que foi presa e barbaramente torturada por lutar por um Brasil livre. Como puderam eleger um homem que, na casa do povo, celebrou o torturador dessa heroína e de tantas outras que nos libertaram do terror da ditadura?
Hoje, depois de todo o terror que este ser já fez em dois anos e cinco meses, vendo uma leva ensandecida o defendendo, só posso crer que estamos doentes como nação.
Desde os 15 centavos, desde o golpe, desde a prisão de Lula, e fazendo uma volta a um passado um pouco mais distante, quando Danusa Leão se indignou por dali a pouco não existirem mais “domésticas”, estamos um país doente e ingrato.
Deus, as Deusas, Olorum e Allāh nos perdoem e nos salvem.
Que assim seja.
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