Índias, surfistinhas e Brunas. Viva a mulher e a arte nacional!

Nossas Brunas, nossas índias, nossas surfistinhas, enfim, as mulheres brasileiras são um orgulho nacional e a sétima arte ou qualquer forma de expressão artística nos enobrece



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“Ali veríeis galantes, pintados de preto e vermelho, e quartejados, assim pelos corpos como pelas pernas, que, certo, assim pareciam bem”. Também andavam entre eles quatro ou cinco mulheres, novas, que assim nuas, não pareciam mal. Entre elas andava uma, com uma coxa, do joelho até o quadril e a nádega, toda tingida daquela tintura preta; e todo o resto da sua cor natural. “Outra trazia ambos os joelhos com as curvas assim tintas, e também os colos dos pés; e suas vergonhas tão nuas, e com tanta inocência assim descoberta, que não havia nisso desvergonha nenhuma.”

O fragmento acima citado é extraído da histórica carta de PERO VAZ DE CAMINHA – o primeiro correspondente português a narrar às notícias da Terra Brasilis.

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A população nativa, que aqui criou um verdadeiro jardim, e que vivia muito bem com sua agricultura de subsistência também caçava e pescava - de forma equilibrada conseguindo manter o Ecossistema vivo.

Os portugueses ao verem os chamados índios se expressam de forma desavergonhada (sem nenhum acabrunhamento) sobre a nudez destes seres quase santos no que tange ao conhecimento do bem e do mal: Estes habitantes da Terra das altas palmeiras (Pindorama). 

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Ao se batizar os órgãos sexuais femininos de VERGONHAS como o trecho supracitado exibe – percebe-se que a mentalidade religiosa arcaica e ainda medieval deixava (no ar) frente ao estranhamento entre as duas culturas – o traço discriminatório e eurocêntrico. – principalmente no que tange a mulher. Verecúndia é a matriz do termo vergonha que veio do latim, e que se traduz na língua portuguesa como BRIO.

Ter Brio é para poucos. A mulher que ao longo dos séculos foi objeto de desejo, de escárnio, de submissão e vítima predileta durante as pilhagens; continua nos tempos modernos sendo alvo de misoginia- sendo alvo da desfaçatez forjada neste capítulo medonho da nossa história política e social que veste a roupa de um fascismo imperialista verde e amarelo. 

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Vergonha? Vergonha é dizer que não tem fome no Brasil – é ver professores do Estado do Rio de Janeiro ganhando um piso de pouco mais de 1.000,00 mensais sem reajuste há cinco anos... 

Nossas Brunas, nossas índias, nossas surfistinhas, enfim, as mulheres brasileiras são um orgulho nacional e a sétima arte ou qualquer forma de expressão artística nos enobrece; e sempre escapará imune ao vírus do despotismo – ou assim deveria; já que a “ARTE É AUTOEXPRESSÃO LUTANDO PARA SER ABSOLUTA”; como bem disse Fernando Pessoa.

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Uma homenagem ao estudante LUÍS FERNANDO DA COSTA, assassinado ontem em Valinhos – Município de São Paulo.

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