Incapaz de mudar o presente, Bolsonaro quer mudar o passado
"Não contente em governar com e para os militares, como se fizesse um mea culpa, desprezando explicitamente os civis (não só os esquerdistas), ele agora se empenha em limpar a barra deles, falsificando a história", diz Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia; "Incapaz de mudar o presente, Bolsonaro quer mudar o passado. Como todo reacionário, tenta fazer a roda da história girar para trás", afirma; "Mas só vai alcançar seu intento se virar um ditador de verdade, porque a democracia só caminha para a frente"
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Por Alex Solnik, colunista do 247 e membro do Jornalistas pela Democracia
Eleito por um partido político, com apoio dos políticos, com os votos dos eleitores, Bolsonaro resolveu governar com os militares, que não têm partido, não são políticos, nem foram eleitos pela população.
Ou seja, Bolsonaro traiu o seu partido, traiu a classe política e traiu seus eleitores.
Não contente em governar com e para os militares, como se fizesse um mea culpa, desprezando explicitamente os civis (não só os esquerdistas), ele agora se empenha em limpar a barra deles, falsificando a história.
Conta, para isso, com paus mandados que ninguém sabe de onde emergiram e que não se importam em passar à história como idiotas, deturpadores e crápulas, contato que estejam sob holofotes neste momento.
Parecem ignorar, apesar das evidências históricas, que a má fama é mais duradoura que a “glória” momentânea e os marcará para sempre, como marcou a tantos traidores do povo brasileiro.
Incapaz de mudar o presente, Bolsonaro quer mudar o passado. Como todo reacionário, tenta fazer a roda da história girar para trás.
Mas só vai alcançar seu intento se virar um ditador de verdade, porque a democracia só caminha para a frente.
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