Impitiman foi sonho. Renúncia, utopia

O PIG está tentando a todo custo criar um ambiente insustentável, para obrigar a nossa presidenta a cometer um "haraquiri político"

O PIG está tentando a todo custo criar um ambiente insustentável, para obrigar a nossa presidenta a cometer um "haraquiri político"
O PIG está tentando a todo custo criar um ambiente insustentável, para obrigar a nossa presidenta a cometer um "haraquiri político" (Foto: Ricardo Fonseca)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

O ano está chegando à metade e todos os dias os "movimentos ativistas digitais de oposição" anunciam uma nova e repetitiva manifestação. No mês passado, tentaram reeditar o 7 x 1 do Brasil contra a Alemanha. Não conseguiram. Neste mês, prometem uma Copafestação ainda maior, apelando para cada um levar 3 amigos. Pelas contas não oficiais, a última obteve a presença de 2 milhões de pessoas (não creio que foi tudo isso), mas em todo caso, querem levar 6 milhões de Copafestantes. Só que agora, depois que o "Impitiman" miou, estão exigindo a "Renúncia Já" da presidenta Dilma. Se o Brasil possui 200 milhões de habitantes e somente 6 forem realmente às ruas (enquanto Aécio Neves protesta com seu Iphone 6, no ar condicionado do seu big apê de Ipanema), 194 milhões irão assistir a mais um domingo de "Copa fora de época" pela televisão.

A situação é a seguinte: o PIG está tentando a todo custo (já que não emplacou Mensalão petista, Pasadena, fraude nas eleições, Impitiman e Lava jato) criar um ambiente insustentável, para obrigar quem, quem, quem? A nossa presidenta Dilma a cometer um "haraquiri político". Ou seja, renunciar por livre e espontânea pressão ao seu segundo mandato legítimo. Só uma pessoa com o último grau de "Alzheimer" (desculpem a analogia), iria cometer uma loucura dessas.

continua após o anúncio

Até onde me lembre, todos os ex-presidentes brasileiros passaram por crises:

No governo Sarney, um dos mais importantes para a democracia brasileira, foi criada a "Emenda Constitucional de 1985", que restabeleceu eleições diretas para as prefeituras das cidades consideradas área de segurança nacional e, abrandou as exigências para registro de novos partidos políticos (daí a legalização do PCB e PCdoB, que atuavam na clandestinidade). A constituição brasileira era de 1967, então no inicio do governoSarney foi realizada a Assembleia Nacional Constituinte, que iria mudar a Constituição Brasileira. Esse governo passou por uma crise econômica sem precedentes no Brasil, onde foram criados diversos planos para conter a inflação, mas todos foram sem sucesso. Quem não se lembra dos planos "cruzado I e II (1986), Bresser (1987), Verão (1989)"? Todos fracassaram e a inflação chegou ao patamar de 1800%.

continua após o anúncio

Collor, logo que assumiu criou o "plano Collor" para recuperação da economia brasileira, elaborado pela ministra Zélia Cardoso de Mello. Uma serie de medidas que injetariam recursos na economia foram tomadas para conter a inflação: "Alta de impostos, abertura de mercados nacionais e a criação do Cruzeiro". A medida que mais abalou a economia do País, foi o "confisco da poupança" com valores superiores a 50 mil cruzeiros, durante um prazo de dezoito meses; essa ninguém jamais esqueceu. Daí surgiram o escândalo PC Farias, crise política com CPI e tudo mais, caras-pintadas, um possível impitiman e por fim renuncia.

No governo FHC, além das crises mundiais do México (1995), asiática (88/89), russa (98/99/2001), Argentina e EUA (2001), enfrentou uma enorme desvalorização do Real, quando o Banco Central deixou de operar com o câmbio fixo e passou a operar com o flutuante, elevando o preço do dólar a quase R$ 4. Segundo Paul Singer (economista e professor titular da Faculdade de Economia da USP e Secretário Municipal de Planejamento de São Paulo, gestão Luiza Erundina), "o Brasil se encaminhava para uma recessão cuja severidade era ainda desconhecida, pois dependeria do tempo em que o crédito ficaria estrangulado, o gasto público encolhido e a economia mundial em crise. O pior é que ela se revelaria inútil: a economia deveria sair dela tão desajustada quanto estava em novembro de 1998." (Folha de são Paulo, novembro de 1998).

continua após o anúncio

Resumindo: O Brasil gastava no mundo, muito mais do que recebia pelos bens e serviços que vendia. Ou seja um crescente endividamento externo explícito. Quando o País fechava o seu balanço de pagamentos a cada ano, o desequilíbrio externo aumentava para o ano seguinte. Um total descontrole na política econômica monetária. Informações mais detalhadas estão aqui: http://www.cosif.com.br/publica.asp?arquivo=paulsingeroutros

Segundo Roberto Magabeira Unger (filósofo, professor na Universidade de Harvard e ex Ministro de Assuntos estratégicos do Governo Lula, mentor de Ciro Gomes), "o Brasil das elites fervilha. Cruzaram-se duas confusões: Uma, sobre o salvamento da economia; outra, sobre o manejo das relações sobre responsabilidades públicas e interesses privados." (Folha de São Paulo, novembro de 1988).

continua após o anúncio

Josias de Souza nessa mesma Folha de novembro 1988, disse: "Dois governos sobrevivem hoje (naquela época) sob FHC: o dos babaquinhas e o dos espertalhões. O primeiro, seguindo a lógica da mulher de Cézar, tenta parecer honesto. O outro acha que essa história de parecer honesto é, por assim dizer, coisa de babaca." E continuou: "FHC entregou à turma dos espertos a venda das estatais de telefonia. O grampo do BNDES revelou que o negócio foi traçado num ambiente de alto risco ("no limite da irresponsabilidade"). O linguajar dos espertos aproximou a administração do professor Cardoso das mesas de botequim à vulgaridade ("Se der m... estamos juntos"), somou-se uma dose de truculência ("temos que fazer os italianos na marra").

Nos oito anos de governo Lula, a economia foi estabilizada, o IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo) ficou em sete oportunidades, dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O Brasil se saiu bem ante a crise internacional. O PIB do governo Lula foi de 4% ao ano entre (2003 e 2010). Comparado com o de FHC de (1995 a 2002), que foi de 2,3% ao ano, deu um show. No governo Lula a liquidação da dívida (contraída com governos anteriores) com o FMI foi antecipada. A taxa SELIC saiu de 23% ao ano em 2003, para 8,75% ao ano em 2010.

continua após o anúncio

Concluindo, por que seria diferente no governo Dilma? Como não haver crise se o mundo está em crise há bastante tempo? "Na verdade, não estamos vivendo uma nova crise mundial. A crise é a mesma que teve início em 2008, estamos só em uma nova fase", afirma Antonio Zoratto Sanvicente, professor do Insper ao site IG em 30/09/2011.

Quando falo em crise que o Brasil vem passando, estou falando da crise Europeia e dos Estados Unidos, que refletem indubitavelmente na economia mundial. Não consigo ver o caos que os profetas do apocalipse estão pintando, só vejo aquele construído nas ilhas de edições das televisões ou nas redações de jornais e revistas do PIG. O País, vive os reflexos da crise mundial, que juntou-se as enchentes no norte e a seca no sudeste e em alguns lugares do nordeste. Não há clima para impitiman, nem tão pouco para renúncia. O grande problema do brasileiro é que a memória é curta. Com uma ajudinha da mídia golpista, essa memória se torna inexistente, diante um caos anunciado antes mesmo de acontecer. FHC e Aécio Neves, em encontros privados com os oligarcas da mídia, arquitetaram esse clima de instabilidade, para influenciar nas eleições. Não colou, Dilma foi reeleita goela abaixo da direita insatisfeita. Como última alternativa, querem criar um ambiente de insustentabilidade para ela renunciar. De novo não vai dar certo! Tirem as suas BMWs da chuva, que pode haver 1 Copafestação por mês, mas o povo brasileiro, não cairá nesse golpe e muito menos a presidenta irá satisfazer egos endinheirados e renunciar. Esqueçam! Impitaman foi só um sonho, renúncia será Utopia. Avante povo brasileiro, guerreiro, que ama o seu País. Nós vamos juntos vencer essa crise e ajudar a nossa presidente nessa luta. Tenham Fé! De muito longe já viemos.

continua após o anúncio

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247