Impíchi. O golpe com jeitinho brasileiro
Do que adianta a defesa constitucional brilhante de José Eduardo Cardozo da AGU, em locais como Câmara e Senado, onde - antes mesmo de abertura de processo de Impeachment – já estava decidido qual seria o destino da "governante até honesta"?
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Pela primeira vez na história mundial, um presidente será deposto por ter não ter cometido ilegalidades. Um imenso tribunal inquisitório formado há bastante tempo pela mídia-judicial , produziu uma seletividade de fatos para minar a imagem de um governo popular, caracterizado pelo trabalho honesto, pela erradicação da fome, acessibilidade ao ensino superior e profissionalizante, aquisição de casas populares, assistência medica gratuita e de qualidade e pela justiça social.
São inversamente proporcionais os interesses de patrões e empregados em governos populistas. Quando se agrada os menos favorecidos, os empresários se sentem penalizados. E foi exatamente isso o que aconteceu nesse governo. O empresariado ficou incomodado com a ascensão social do trabalhador. De fato para muitos deles, era inquietante ver o porteiro do prédio viajando para Nova Iorque, nas suas férias. Talvez por isso muitos deles mudaram suas rotas para Paris.
Do que adianta a defesa constitucional brilhante de José Eduardo Cardozo da AGU, em locais como Câmara e Senado , onde - antes mesmo de abertura de processo de Impeachment – já estava decidido qual seria o destino da "governante até honesta", como disse outro dia, um repórter da rádio CBN, numa matéria sobre o maciço apoio empresarial para o golpe em curso.
Do que adianta 54, 5 milhões de votos nas ruas, quando o telhado de vidro do Congresso Nacional reflete incandescentemente, a luz do velho e bom jeitinho brasileiro, devidamente avalizado pelo judiciário, para decidir o destino da nação?
Todos sabem quantos e quais foram os erros da presidenta Dilma. Mas, vale ressaltar aqui, alguns que foram sem dúvida, os principais anabolizantes, para turbiná-lo:
1- Passou muito tempo calada, recolhida em si mesma (talvez até por uma depressão, quem sabe?), assistindo diariamente a extensa campanha midiática contra o seu governo, sem dar se quer, uma resposta á altura.
2- Isolada, não ouviu conselho de auxiliares mais próximos, para o risco da consolidação de um grande golpe em curso.
3- Subestimou os avisos de que Michel Temer, ao contrário do que pensara, conspirava diariamente para - em vez de combater a crise política e institucional como designado – trabalhava arduamente para desestabilizar a imagem do governo.
4- Demorou para sair da zona de conforto de sua trincheira de sabedoria e pedir ajuda para os seus verdadeiros e velhos aliados de guerra: o ex-presidente Lula, o PT e os partidos de esquerda.
Aparentemente a batalha está completamente perdida. Antes mesmo do parecer do tucano Anastasia (mamulengo de Aécio Neves), o mundo já sabia que o jeitinho brasileiro iria ser aprovado no Senado.
Porém, ainda muito precoce e prenunciando o apito final da vitória, ele – Temer, o Conspirador oficial da República de Curitiba, já escolhe o seu ministério de notáveis, na certeza de que irá resolver todos os problemas da nação em apenas 180 dias.
No silêncio ensurdecedor do STF, ouve-se uma alma togada e penada sussurrando ao fundo: "Isso, vai, faz o gol, chuta!". Como se ao colocar a bola nos pés dos opositores da democracia, esperasse um lindo e glorioso gol contra. Algo como um fetiche nostálgico da ditadura.
O golpe, Impíchi ou jeitinho brasileiro, tanto faz... se acontecer de fato mesmo depois de seu retorno ao STF, será um retrocesso institucional e político sem precedentes. E mais grave, porá em risco a credibilidade e funcionalidade dos poderes legislativo e judiciário brasileiros em detrimento ao cumprimento do que está descrito na Constituição.
Será que o Imperialismo dos grandes grupos econômicos e de comunicação, conseguirão destronar a tão sofrida democracia brasileira e Justiça maior enxergará com lentes da ilegalidade um futuro escabroso para o País?
Ou o STF no cumprimento constitucional acaba com o golpe, ou ele acabará com o País.
Os brasileiros não podem ser reféns dos interesses de um consórcio de golpistas endinheirados, que eleitos, indicados, substitutos, nomeados, guindados, presenteados, concursados ou não, gastaram seu tempo, sua energia, sua inteligência e talvez até o nosso dinheiro, para consumar um ato de imensa podridão política, jurídica, ideológica e midiática sordidez.
Mesmo que inventem e personifiquem crimes para Dilma, Lula, PT e afins, para da um ar de legitimidade ao golpe, e que no outro extremo disso haja derramamento de sangue, suor e lágrimas. A história será implacável em demonstrar quem e quais foram os verdadeiros bandidos da idade mídia brasileira.
Que Deus proteja o povo nacionalista de fato e faça acontecer a verdadeira justiça divina. Livrando todos nós do falso moralismo do novo Messias – mas podem chama-lo de Temer Traidor- e seus apóstolos, que com a fatura na mão, esperam felizes a recompensa cair na conta daqui há alguns dias.
Termino este texto com uma passagem bíblica que diz: "Felizes são aqueles que não se deixam levar pelos conselhos dos maus, que não seguem o exemplo dos que não querem saber de Deus e que não se juntam com os que zombam de tudo o que é sagrado!"
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