Impeachment não resiste à ética das gravatas

"Em março de 2007, ao ser flagrado furtando cinco gravatas de uma loja Louis Vuitton de Miami, que valiam, juntas, 680 dólares, o rabino-mor da Congregação Israelita Paulista, Henry Sobel, foi afastado para impedir que a sua falha moral contaminasse toda a instituição e todas as iniciativas que tomasse a seguir", afirma Alex Solnik; segundo ele, "a ética das gravatas não é levada em consideração na Câmara dos Deputados e no Senado"

"Em março de 2007, ao ser flagrado furtando cinco gravatas de uma loja Louis Vuitton de Miami, que valiam, juntas, 680 dólares, o rabino-mor da Congregação Israelita Paulista, Henry Sobel, foi afastado para impedir que a sua falha moral contaminasse toda a instituição e todas as iniciativas que tomasse a seguir", afirma Alex Solnik; segundo ele, "a ética das gravatas não é levada em consideração na Câmara dos Deputados e no Senado"
"Em março de 2007, ao ser flagrado furtando cinco gravatas de uma loja Louis Vuitton de Miami, que valiam, juntas, 680 dólares, o rabino-mor da Congregação Israelita Paulista, Henry Sobel, foi afastado para impedir que a sua falha moral contaminasse toda a instituição e todas as iniciativas que tomasse a seguir", afirma Alex Solnik; segundo ele, "a ética das gravatas não é levada em consideração na Câmara dos Deputados e no Senado" (Foto: Alex Solnik)


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Em março de 2007, ao ser flagrado furtando cinco gravatas de uma loja Louis Vuitton de Miami, que valiam, juntas, 680 dólares o rabino-mor da Congregação Israelita Paulista, Henry Sobel foi imediatamente enxovalhado pela imprensa, afastado de suas altas funções e excluído da Congregação, apesar de não ter causado nenhum prejuízo monetário a ela e de ter sido um dos responsáveis pela redemocratização do país.

Foi afastado para impedir que a sua falha moral contaminasse toda a instituição e todas as iniciativas que tomasse a seguir.

A ética das gravatas não é levada em consideração na Câmara dos Deputados e no Senado.

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Seus presidentes e potenciais sucessores do presidente da República permanecem em seus postos, seja de forma explícita ou velada, apesar de pesarem sobre ambos, Eduardo Cunha e Renan Calheiros acusações muito mais severas do que as que fulminaram o rabino Sobel.

E que implicam enormes prejuízos ao país não só morais, mas financeiros, da ordem de milhões de reais.

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Levando-se em consideração que seus malfeitos antecedem ao processo de impeachment, pois foram praticados muito antes, embora somente Cunha tenha sido desmascarado com antecedência e Renan nos dias que correm, todas as ações que praticaram posteriormente, principalmente a iniciativa de Cunha de deflagrar o impeachment e a de Renan, de aceitar a sua continuação contra uma presidente que não roubou sequer uma gravata foram contaminadas por suas práticas delituosas.

Não é preciso ser mestre em Direito para perceber que pessoas envolvidas em crimes, ainda que não condenadas de forma definitiva, estão impedidas, ao menos do ponto de vista ético, de levar a julgamento crimes de outras, quanto mais os supostos crimes da mais alta autoridade do país eleita pela maioria da população.

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O mesmo entendimento se aplica aos deputados e senadores igualmente envolvidos em ações penais que participaram e participam da maior fraude política da história do Brasil.

Se Henry Sobel fosse deputado ou senador o caso das gravatas estaria até hoje sob investigação do STF; se Cunha e Renan fossem rabinos, o impeachment jamais teria sequer começado.

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