Histórico de intervenções do Diretório Nacional do PT no Rio enfraqueceu candidaturas majoritárias

O que fica para a história esmiuçar melhor é o porquê de o PT não ter conseguido vencer uma eleição majoritária na capital e no Estado do Rio enquanto Lula governava o país. Nesse período, candidatos do PT sucumbiram nas urnas, entre outros, para Fernando Gabeira e até para a politicamente inexpressiva, Denise Frossard, além do apoio temerário a Sérgio Cabral



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Nas últimas décadas o Partido dos Trabalhadores vem perdendo apoio popular, muito pelas sucessivas intervenções do Diretório Nacional do partido nas candidaturas majoritárias.

Em 1998, O grupo de Luiz Inácio Lula da Silva (Articulação), conseguiu o apoio de dezenove presidentes estaduais de diretórios do partido para o pedido de anulação do lançamento da candidatura de Vladimir Palmeira ao governo fluminense.

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A retirada da candidatura própria e o apoio ao candidato Anthony Garotinho, era exigência de Lula para manutenção de sua candidatura presidencial com a presença de Leonel Brizola em seu palanque, numa aliança nacional com o PDT.

O Diretório Regional havia acordado com o PDT apoio mútuo, caso um dos candidatos avançasse para o segundo turno. A militância, principalmente a corrente Refazendo e alguns grupos independentes, decidiu por não apoiar outra chapa que não a eleita pela convenção regional. Ao final prevaleceu a decisão do DN e a candidatura de Vladimir foi retirada.

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A força de Brizola nas camadas populares sempre foi um entrave para o PT. Brizola foi bem quando venceu as eleições de 1982 e governou o Estado, depois apoiou Lula no segundo turno das eleições presidenciais de 1989. Em 1990, Brizola queria que o PT não lançasse candidatura própria e fizesse aliança no primeiro turno.

O PT se preocupou em demasia em não ferir os brios do ex-governador Brizola, e isso impediu que o partido crescesse internamente e conquistasse a prefeitura ou o governo estadual. Essas interferências contribuíram para as sucessivas derrotas de candidatos do PT no Rio de Janeiro.

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O único período em que o partido esteve no comando do Palácio Laranjeiras, foi de 6 de abril de 2002 a 1º de janeiro de 2003, período em que o governador Anthony Garotinho teve que se desligar para concorrer à presidência da república, assumindo sua vice, Benedita da Silva.

O que fica para a história esmiuçar melhor é o porquê de o Partido dos Trabalhadores não ter conseguido vencer uma eleição majoritária na capital e no Estado do Rio de Janeiro enquanto Lula governava o país. Nesse período, candidatos do PT sucumbiram nas urnas, entre outros, para Fernando Gabeira e até para a politicamente inexpressiva, Denise Frossard, além do apoio temerário a Sérgio Cabral.

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Este ano, com a desistência de Marcelo Freixo de concorrer à prefeitura em uma coligação entre o PSOL e outros partidos, incluindo o PT, Benedita da Silva surge como opção. O velho Plano B que impediu que o PT fosse, no Rio de Janeiro, muito mais do que um dos pilares de sustentação da democracia brasileira.

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