Hiroshima, 75 anos
O Brasil tem sua bomba atômica, as mortes pelo covid-19 já superaram as mortes de Hiroshima, aqui, como lá, somos vítimas de um governo genocida. Mais um dia para guardar em nossos sofridos corações, silêncio pelas mortes de antes e de agora
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Estive em Hiroshima duas vezes, 1996 e 2017, em ambas a sensação era de profundo pesar e uma grande tristeza.
A cidade foi reconstruída sob os escombros de uma tragédia e uma mácula que não apagará por séculos.
A crueldade dos EUA de jogar bombas atômicas, numa guerra já vencida, nada ali indicava resistência, a atrocidade representou um dos maiores crimes contra a humanidade.
Ir a Hiroshima é não ter condições de fotografar, o registro é da memória, da vergonha humana, o museu e os monumentos da gigantesca praça da paz mundial é para nos paralisar, nos fazer refletir.
A bela escultura do origami pelas vítimas da leucemia, uma das doenças que assombrou a cidade, é dos efeitos da bomba. Ela representa esperança e nem sempre vencer a doença.
O Brasil tem sua bomba atômica, as mortes pelo covid-19 já superaram as mortes de Hiroshima, aqui, como lá, somos vítimas de um governo genocida.
Mais um dia para guardar em nossos sofridos corações, silêncio pelas mortes de antes e de agora.
É preciso parar com as mortes e com a conivência desse catástrofe que atinge o Brasil, não criar um museu dos mortos, mas lutar contra o genocídio.
#tbt #hiroshima
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