HH, Collor e Roberto Requião
Se o que foi profetizado no discurso do senador Roberto Requião (PMDB-PR) se confirmar, teremos tempos ainda mais difíceis e conflituosos. "As senhoras e os senhores estão preparados para a guerra civil? Não? Entrincheirem-se, então, porque o conflito é inevitável"
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Hoje é um dia histórico para todos os envolvidos na disputa política que divide o país, independente do lado que sair vencedor. No entanto, ninguém pode prever o desenrolar dos fatos que estão por vir.
Se o que foi profetizado no discurso do senador Roberto Requião (PMDB-PR) se confirmar, teremos tempos ainda mais difíceis e conflituosos. "As senhoras e os senhores estão preparados para a guerra civil? Não? Entrincheirem-se, então, porque o conflito é inevitável. O povo brasileiro, que provou por alguns poucos anos, o gosto da emergência social não retornará submissamente à senzala", disse o senador.
Adiante, dirigindo-se a Aécio Neves e aos demais senadores contrários a Dilma, repetiu as palavras ditas pelo seu avô, Tancredo Neves, contra Moura Andrade que declarou vaga a presidência com João Goulart ainda em território nacional, consumando o golpe de 64: "Canalha! Canalha! Canalha!".
Mas é também um dia de vingança, talvez de decepção, para alguns personagens históricos recentes. Em suas redes sociais, segundo a coluna Labafero, do Cada Minuto, a ex-senadora Heloisa Helena, após ouvir o discurso do senador Fernando Collor, favorável ao impeachment, publicou o seguinte comentário:" Argh... ouvindo o tal do Collor na CBN e lembrando o apaixonado apoio de Lula/Dilma a elle, tratando-o como companheiro pra me derrotar".
De fato, os senadores alagoanos e os candidatos a deputado federal disputavam o apoio da dupla Lula/Dilma tamanha era a unanimidade e a certeza de que a vinculação aos nomes influenciava na decisão do eleitor. E isso se confirmou. Todos aqueles da base aliada ao PT foram reeleitos, caso de Collor, Maurício Quintella, entre outros, e anteriormente Renan Calheiros, Biu de Lira, este de deputado federal para Senador.
Para Fernando Collor, por outro lado, a história lhe reserva o retorno ao passado, ao seu impeachment. Personagens influentes do seu afastamento no Congresso Naciona, ou que influenciaram manifestações populares, agora recebem o troco: O PT, Lula, centrais sindicais e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) – que na época presidia a UNE, entre outros.
Dizem que a vingança vem a galope.
Dizem que o golpe mora ao lado.
E para trair é só ter uma chance.
O certo é que os atuais fatos podem levar Heloísa Helena a um ressurgimento político no âmbito nacional, caso Roberto Requião esteja completamente errado.
É só dosar na medida exata o tempero do discurso.
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