Haddad precisa mais de França que de Boulos
"Haddad terá de se desdobrar para conquistar os eleitores de França se quiser ser o futuro governador", escreve o jornalista Alex Solnik. "É impossível que os eleitores de Boulos não votem, majoritariamente, no segundo turno, em Haddad contra Alckmin, se Boulos não chegar lá. Daí porque aliar-se a Boulos não vai acrescentar ganhos eleitorais a Haddad"
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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
Caiu como bomba no ninho dos tucanos o Datafolha que mostra Alckmin, de saída do PSDB, na dianteira, e Rodrigo Garcia, o candidato de Dória, na rabeira, na disputa pelo governo do estado de São Paulo. O que não é surpresa: ninguém o conhece fora do mundo político.
A cabeça de Garcia está a prêmio.
Não está nada decidido acerca de 2022, é claro, mas os números mostram um pelotão de quatro candidatos bem à frente dos demais, formado por Alckmin (26%), Haddad (17%), França (15%) e Boulos (11%). Garcia tem 5%, em simulação sem Alckmin.
Os candidatos conservadores (Alckmin e França) somam 41%, contra 28% dos progressistas (Haddad e Boulos).
É impossível que os eleitores de Boulos não votem, majoritariamente, no segundo turno, em Haddad contra Alckmin, se Boulos não chegar lá.
Daí porque aliar-se a Boulos não vai acrescentar ganhos eleitorais a Haddad. Tampouco os eleitores de Boulos serão suficientes para Haddad vencer.
Também é improvável que os eleitores de França não votem majoritariamente em Alckmin no segundo turno contra Haddad, se França não chegar lá.
Haddad terá de se desdobrar para conquistar os eleitores de França se quiser ser o futuro governador.
França será o fiel da balança.
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