Haddad, Marta, Skaf e Russomano

Em São Paulo, 2016 já começou e a briga será uma das mais acirradas da história. Marta falou muito, enquanto Haddad agiu, amarrando PMDB e PSD. No outro campo, Skaf e Russomano são os nomes que despontam

Em São Paulo, 2016 já começou e a briga será uma das mais acirradas da história. Marta falou muito, enquanto Haddad agiu, amarrando PMDB e PSD. No outro campo, Skaf e Russomano são os nomes que despontam
Em São Paulo, 2016 já começou e a briga será uma das mais acirradas da história. Marta falou muito, enquanto Haddad agiu, amarrando PMDB e PSD. No outro campo, Skaf e Russomano são os nomes que despontam (Foto: Leonardo Attuch)


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Fato político da semana, a entrevista em que a senadora Marta Suplicy (PT-SP) descasca seu partido, o presidente Rui Falcão, chamado por ela de "traidor", o governo Dilma e o ministro Aloizio Mercadante, a quem considera um "inimigo", deve ser vista pela lente do interesse pessoal, e não do ressentimento. Marta, que já foi apontada por uma pesquisa Datafolha como a melhor prefeita da história de São Paulo, quer a coroa de volta e sabe que o espaço no PT se fechou. Com a língua solta e afiada, ela poderia ser expulsa da legenda, sem que perdesse, na condição de vítima, o mandato de senadora por infidelidade partidária.

Marta fez um cálculo político, enquanto seu principal adversário, o atual prefeito Fernando Haddad, se dedica a fazer política. Na mesma semana em que ela falou, ele agiu. Reforçou sua aliança com o PMDB, convidando Gabriel Chalita para a Secretaria de Educação, e também com o PSD, do ex-prefeito Gilberto Kassab, ao oferecer a SP Turis ao vereador Marco Aurélio Cunha. Com isso, ele espera fortalecer uma frente de centro-esquerda para sua reeleição, tornando ainda mais espinhoso o caminho para um eventual retorno de Marta, que tem agora, como principais opções, o PR e o Solidariedade, do sindicalista Paulo Pereira da Silva.

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No campo oposto, dois nomes despontam como potenciais adversários de Marta e Haddad, que disputam votos entre o mesmo eleitorado. Um deles é o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que ficou em segundo lugar na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes e terá como uma de suas bandeiras o combate à carga tributária – foi ele quem, no fim de 2013, conseguiu impedir o aumento das alíquotas do IPTU na capital paulista. Embora o convite a Chalita tenha sido uma cartada importante de Haddad, Skaf irá forçar, no PMDB, a discussão sobre candidatura própria.

Outro nome que não pode ser desprezado é o de Celso Russomano, deputado mais votado do Brasil, com 1,5 milhão de votos pelo PRB. Com espaço cativo na televisão, onde se apresenta como ´xerife do consumidor´, ele espera se beneficiar dos votos de uma nova classe média não alinhada ao PT – e as eleições de 2014 já evidenciaram o tamanho da rejeição ao petismo em São Paulo.

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Bom, mas e o PSDB? Sem nomes naturais fortes, capazes de saltar os muros de Higienópolis, o mais provável é que, em nome das aparências, lance candidato próprio, mas sem grande entusiasmo. Empenhado em costurar alianças para seu projeto presidencial de 2018, não será surpresa se o governador Geraldo Alckmin decidir apoiar Russomano, ainda que informalmente.

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