Guerrilha de direita



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Ontem, por volta das sete da noite, um carro de som lotado com participantes dos "movimentos de rua", invadiu a rua Ministro Godoy, no bairro das Perdizes, em São Paulo.

Estacionado junto ao meio fio, seus ocupantes passaram a berrar a plenos pulmões discursos semelhantes aos dos deputados mais reacionários da Câmara dos Deputados, com palavras de ordem de igual teor, com tal estardalhaço que foram ouvidos em grande parte do bairro e, mais precisamente, nas salas da PUC, cujos fundos dão para a rua, atrapalhando as aulas que ocorriam no período noturno.

Não se importando com a barulheira, numa atitude semelhante à de fascistas, não obedeceram aos reiterados apelos de alunos e professores para que parassem, a fim de que as aulas pudessem prosseguir e passaram a provocá-los, com insultos. "Venham nos tirar daqui"! gritavam para os alunos da PUC.

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O local não foi escolhido por acaso. A PUC, mais exatamente o Teatro Tuca foi um dos centros de resistência contra a ditadura militar, tendo sido invadida barbaramente pelas tropas do então chefe da Segurança Pública de São Paulo, o abominável Erasmo Dias.

Os alunos não tiveram outra opção senão descer e expulsar dali os invasores.

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Quando a confusão se formou, com acaloradas discussões, palavrões e objetos atirados sobre uns e outros, o pelotão de choque da Polícia Militar de São Paulo foi chamado e chegou chegando.

Bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas, mas não na direção de quem invadiu, provocou e precipitou a confusão, mas sobre os alunos que tentavam assistir aulas e só estavam ali para se defender dos insultos e voltar aos estudos.

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O trecho da rua entre a João Ramalho e a Bartira transformou-se num campo de batalha nas três horas seguintes. Somente por volta de dez da noite os fascistas foram afastados, pelos alunos da PUC e não pela PM.

O episódio ilustra o que apenas começa a acontecer em São Paulo, incendiada por insensatos e celerados no propósito de criar um clima que propicie e exija uma intervenção militar no país e não apenas o impeachment.

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O bairro, de classe média, onde os panelaços ocorrem em várias ocasiões, deve ter aplaudido os baderneiros alucinados, sem se dar conta de que poderia estar aplaudindo o preâmbulo de um indesejável retrocesso político com o qual não terá nada a ganhar.

A guerrilha de direita tem que ser contida pelas autoridades antes que seja tarde.

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