Guerra entre direita e extrema-direita também no STF
"Os ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux são maus perdedores e maus colegas. Na sessão que aprovou o indulto de Natal de 2017 para quem cumpriu 1/5 da pena e não atentou contra a vida quase perderam as estribeiras depois da acachapante derrota por 7 a 4", diz Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
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Por Alex Solnik, colunista do 247 e membro do Jornalistas pela Democracia
Os ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux são maus perdedores e maus colegas.
Na sessão de ontem que aprovou o indulto de Natal de 2017 para quem cumpriu 1/5 da pena e não atentou contra a vida quase perderam as estribeiras depois da acachapante derrota por 7 a 4.
Pediram a palavra para deixar bem claro que desaprovavam o resultado, desaprovando, portanto, a decisão majoritária, uma prova de falta de elegância e de espírito democrático para com os colegas. Não se limitaram a defender seus votos, contestaram os votos dos outros.
Fux argumentou que estender o indulto a condenados da Lava Jato era "um absurdo", ao que Marco Aurélio Mello, sentado duas cadeiras à sua direita, ao lado de Lewandovski, retorquiu, calmamente:
"Absurdo na opinião de V. Excia."
Depois de mais duas ou três tentativas de Barroso e de Fux de desqualificar os que votaram pelo indulto, Mello voltou à carga:
"A linha dura é aguerrida", alfinetou.
Como todos sabem, "linha dura" era a denominação da ala de extrema-direita do Exército que implantou a tortura no governo Médici e tentou sabotar a abertura política dos generais Geisel e Figueiredo.
Ao que parece, a guerra entre direita e extrema-direita que corrói o governo também se trava no STF.
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