Grande mídia e poder

A formação desse "cartel noticioso" persiste até hoje, num jogo de poder onde o alvo agora é o ex-presidente Lula e um projeto de governo popular e democrático. Usam e abusam da Operação Lava-Jato como grande gerador de conteúdo golpista, sejam fatos verídicos ou não! Fatos e provas devem condenar e punir, sim, mas é preciso que existam realmente



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A Grande Mídia no Brasil noticia, julga e pune. Ajuda a fomentar um Estado de Exceção no país onde apenas três famílias de empresários comandam a opinião pública com seus eficientes maestros jornalísticos. São Frias, Marinhos e Civitas donos de pórticos golpistas como seus semanários e TV gentilmente fomentados e concedida pela sanguinária Ditadura.

No registro recente de Paulo Henrique Amorim, no excelente livro "O Quarto Poder", há fatos que comprovam a relação promíscua histórica entre o Estado e essas empresas privadas de Comunicação no Brasil, tornando-as o que é hoje: um monopólio midiático que censura opiniões e disputa o poder.

Há casos esdrúxulos lembrados por Paulo, como o financiamento e fornecimento de benesses por parte do Regime Militar à empresa de Roberto Marinho – basta uma busca no Google para mais detalhes – para construção de uma rede televisiva que manipulasse a população durante terrível período que sucedeu 1964. E isso graças ao know-how do grupo americano Time Life e sua participação inconstitucional sempre duvidosa na emissora da 'vênus platinada'.

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Como diz Henrique Amorim, os empresários Civita e Marinho usavam Veja e TV Globo como braços fortes de disputas milionárias: aquisição de ações de empresas, muitas delas estatais, como a Petrobras. Quando se monopoliza a informação é fácil derrubar ou levantar o valor de empresas para interesses próprios como compra e revenda. E isso, como aponta o jornalista, sempre foi feito por aqui.

A formação desse "cartel noticioso" persiste até hoje, num jogo de poder onde o alvo agora é o ex-presidente Lula e um projeto de governo popular e democrático. Usam e abusam da Operação Lava-Jato como grande gerador de conteúdo golpista, sejam fatos verídicos ou não! Fatos e provas devem condenar e punir, sim, mas é preciso que existam realmente. Vazamentos ilegais e seletivos não podem pautar as estruturas de poder.

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Quem não se recorda da capa mentirosa do semanário de menor credibilidade do país forjado pela Editora Abril na véspera das eleições de 2014 contra Lula e Dilma? Com um rito próprio e disposta a modificar a História mais uma vez (como no golpe militar), a Grande Mídia quer derrubar um governo democraticamente eleito fustigando o ódio e a mentira na população e garantir a instalação de um projeto de desmantelamento do Estado brasileiro, redução da democracia e excludente.

Olhar para esse cenário agudo nos pede resistência contra ataques de um cerco midiático antiético e luta política por pautas que apontem para a democratização da Comunicação. Seja pela regionalização, através do PL 1441/2015, de minha autoria, ou de tantas outras pautas que apontem para pluralidade de opiniões e informações, como a Lei de iniciativa popular apoiada pelo Barão de Itararé, Intervozes e outros.

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Na segunda-feira (7), um grande ato em São Paulo contra a recente censura imposta pela TV Globo a blogs, sites independentes e midialivristas dará o tom dessa disputa. A narrativa não pode se render ao império da concentração de mídia. A ela interessa tudo, menos os interesses da população.

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