Governo Temer é o retrato da luta de classes
Compreender esta luta é condição essencial para o restabelecimento das forças sociais, na resistência desta verdadeira marcha contra os direitos adquiridos. Michel Temer é apenas marionete deste processo, que presta o torpe papel de ser o agente do desmonte dos direitos do povo brasileiro
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A queda do muro de Berlim falseou um diagnóstico no mundo de que as suas ruínas representariam o fim da luta de classes, da secular batalha do explorado e do explorador, da burguesia contra o proletariado. A oposição entre as desiguais classes da sociedade.
A luta de classes não é somente uma subversão, submerge a economia, a política e a sociedade como um todo.
As classes dominantes desempenham seu poder de forma imperial, comumente, e isso acaba gerando conflitos com os representantes das classes inferiores.
O golpe engendrado no Brasil, que apeou a presidente Dilma Rousseff - nada absolutamente nada - tem a ver com combate à corrupção. Afinal, os locatários do poder central do Brasil são exímios delinquentes do Erário. Moralistas sem moral.
A questão hoje no Brasil vai além da disputa eleitoral. Está acima do debate sobre quem é mais corrupto, ou simplesmente sobre as listas da indecência. Vivemos sim um dos momentos mais difíceis da nossa luta de classes.
Ingrediente malévolo desta luta está na incompreensão das forças progressistas ao não conseguirem diagnosticar o momento e se digladiarem no debate frívolo da disputa mesquinha de assimilação.
As reformas em discussão hoje nada mais são do que a recomposição deste dilema secular da humanidade.
De um lado temos o poder financeiro dos que se locupletam do rentismo, associados às carcomidas oligarquias políticas, com apoio indiscriminado do monopólio midiático constituído por alamedas impublicáveis.
Soma-se a essa equação a marginalização do sistema político corroído pela putrefação de parasitas travestidos de representantes populares; adiciona-se ainda a desesperança e a desarticulação social traída em sua alma pelos que se igualaram e se lambuzaram das práticas antirrepublicanas.
Do outro lado, temos a desconstrução e a supressão de direitos conquistados em duras lutas.
As reformas trabalhista e previdenciária não são apenas um retrocesso. São um verdadeiro atentado contra a classe trabalhadora brasileira.
Compreender esta luta é condição essencial para o restabelecimento das forças sociais, na resistência desta verdadeira marcha contra os direitos adquiridos.
Michel Temer é apenas marionete deste processo, que presta o torpe papel de ser o agente do desmonte dos direitos do povo brasileiro.
Triste o momento brasileiro, onde a incompreensão do diagnóstico político traz decorrências catastróficas à luta de classes do Brasil.
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