Governo repassa R$ 200 bi a bancos, na pandemia

O Ministério da Economia até anunciou pacote de R$ 750 bilhões para injetar na economia e, segundo ele, garantir renda e crédito durante a crise do coronavírus. Desse total, R$ 200 bilhões serão repassados para os bancos privados, a título de liberação de depósitos compulsórios pelo Banco Central. Um negócio da China

Pessoas caminham utilizando máscaras de proteção no Rio de Janeiro (RJ)
Pessoas caminham utilizando máscaras de proteção no Rio de Janeiro (RJ) (Foto: Reuters)


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Publicado originalmente no Pensar Piauí

A Câmara dos Deputados tenta fazer sua parte, na mega crise do coronavírus, que atingiu a saúde, se constitui em grave ameaça de morte e sofrimento extremo, para milhões de pessoas em todo o mundo, e atingiu as economias de países dos diversos continentes. Sim, o parlamento agiu e tomou medidas mínimas para garantir a sobrevivência do povo brasileiro, sobretudo os mais necessitados, desempregados, informais, aqueles cujos salários estão sendo descontados ou foram suspensos, no momento em que a pandemia grassa no País.

Nesse sentido, aprovar projeto que prevê pagamento de R$ 600, durante três meses, aos informais e mães solteiras chefes de família, é muito bem vindo. A medida ainda depende da aprovação do Senado Federal, que deverá referendá-la de qualquer modo. Seria o mínimo a se esperar do estado brasileiro, já que o Executivo se mostra sem comando, dividido internamente, em conflito com os governadores e poderes constituídos, incapaz de tomar as medidas necessárias para enfrentar esta crise sob os aspectos sanitários, sociais e econômicos.

Como se não bastasse, há um personagem aparentemente sem sanidade mental, desequilibrado emocionalmente, desqualificado para exercer as funções do cargo que ocupa, sem condições políticas, morais e de governabilidade, em especial neste momento de calamidade nacional talvez nunca visto na história. Todo mundo sabe de quem se trata, é lógico. O presidente Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (27-3), disse que tem brasileiro pulando no esgoto, sem que nada aconteça em termos de contaminação ou dano à própria saúde.
COVID-19 é fichinha

Com isso, quer dizer que a COVID-19 é fichinha para o brasileiro, que, segundo Bolsonaro, é um caso a ser estudado, pois se trataria de um povo mais imune do que o restante da humanidade e já teria desenvolvido um anticorpos para o coronavírus. Ou seja, mais uma reiterada declaração, que, de tão vulgar, inapropriada, desrespeitosa e irresponsável, dispensa comentários. Cabe a alguém governar o poder público, de modo a fazer frente à crise da pandemia. Bolsonaro e seus seguidores seguem botando o povo para trabalhar.

Dane-se a quarentena, que se dane o confinamento horizontal. Sendo assim, tanto o parlamento quanto os governos estaduais – alguns já começam a dar sinais de que podem acompanhar o movimento encampado por Bolsonaro – trabalham para enfrentar o que ainda virá de pior, provocado pela COVID-19. Outro exemplo é a votação, na Câmara Federal, estendendo os benefícios sociais, podendo chegar a R$ 1,2 mil para a mãe solteira chefe de família. A proposta inicial do governo era de R$ 200 para os trabalhadores informais.

De qualquer forma, são insuficientes as providências, tanto do Executivo quanto do Legislativo. É preciso fazer muito mais para amparar os trabalhadores, desempregados, informais e pobres à mercê da sorte. O Ministério da Economia até anunciou pacote de R$ 750 bilhões para injetar na economia e, segundo ele, garantir renda e crédito durante a crise do coronavírus. Desse total, R$ 200 bilhões serão repassados para os bancos privados, a título de liberação de depósitos compulsórios pelo Banco Central. Um negócio da China.

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