Governo nulo e ações criminosas
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Novamente os jornalões, em particular a Folha, fazem rodeios para não dar o devido nome à coisa. A Lava Jato foi uma ação criminosa para retirar da disputa política o grupo líder na aprovação popular. Chamar os criminosos procuradores e juízes envolvidos de “voluntariosos”, como tem sido feito, é, mais uma vez, se furtar à realidade dos fatos vinda a público principalmente com a Vaza Jato, mas já evidenciada nas ações levianas de Dallagnol e Moro em seu conluio para impedir que Lula fosse candidato em 2018. Os jornais têm vários excelentes chargistas que podem desenhar a situação, caso ainda não consigam entender.
O STF se debruçou com afinco sobre a possibilidade de alterar a leitura do texto constitucional e permitiria reeleições dos presidentes das Casas Legislativas – hipótese obviamente refutada –, mas dorme em relação aos crimes praticados pelo presidente da República e às denúncias de julgamento parcial de Sérgio Moro contra o ex-presidente Lula. Parece que o poder pelo poder é a mais suprema necessidade jurídica, e os crimes, bem, os crimes são assuntos exclusivos dos criminosos, não é mesmo?
Alguma ação aconteceu no Parlamento. Porém, se de um lado o Senado impôs fragorosa derrota ao governo ao reprovar por ampla maioria (37 x 9) a indicação do embaixador à ONU, por outro houve a votação ‘tratorada’ para aprovar a permissão para que estrangeiros comprem terras brasileiras em até 25% da área total dos municípios! Com redação dúbia, a venda da área rural poderá chegar a 100% pois o cálculo é feito sobre a soma de áreas rural e urbana. A votação popular no site do Senado dava 98% de votos contrários à proposta que internacionalizará a posse de terra no Brasil. O discurso da defesa nacional cai por terra, com o devido trocadilho.
As redes bolsonaristas praticamente condenam aqueles que se informam por outros meios que não suas próprias fontes de fake news, o que cria uma barreira importante para a formação de opinião sobre um governo de mentira no meio de uma pandemia de verdade. Em face dessa caótica situação, o Ibope e o Datafolha mais recentes revelaram que Bolsonaro ainda consegue comprar popularidade com o auxílio emergencial, mas não conseguiu comprar votos nas eleições municipais. O povo não é racional para avaliar que tal montante somente existe por conta do Parlamento e sua extinção pode resultar em outra avaliação. A falta de interesse nacional em detrimento de uma defesa exclusiva das questões pessoais e familiares norteia o desgoverno de Bolsonaro, agora com o intuito de sobreviver pelos próximos dois anos, matando mais alguns milhares de brasileiros. Nesse toma-lá-dá-cá com as escassas verbas públicas e loteamento de cargos ao Centrão, vemos que a moeda é podre, a compra não é garantida e o comprador, então, é um desesperado criminoso.
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