Governo golpista mente sobre rombo da Previdência
Temos pelo menos um motivo de comemoração neste carnaval: uma CPI da Previdência foi sacramentada no Congresso Nacional. Pela primeira vez em 92 anos, veremos a real situação da previdência, desvios de verbas, fraudes, sonegações, roubo. O discurso do rombo pelo rombo vai cair
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Temos pelo menos um motivo de comemoração neste carnaval: uma CPI da Previdência foi sacramentada no Congresso Nacional.
Pela primeira vez em 92 anos, veremos a real situação da previdência, desvios de verbas, fraudes, sonegações, roubo. O discurso do rombo pelo rombo vai cair.
Brasileiros e brasileiras devem apoiar e voltar seus olhos pra lá, para entender pra onde vai o dinheiro que é descontado mensalmente de nossos contracheques ou que pagamos como autônomos; quem paga, quem sonega; quais categorias tem previdência distinta e o porquê.
Se alguém deixa de pagar suas contas é esse alguém que deve pagar ou ir para a cadeia por não pagar, não nós que não sonegamos.
A Reforma da Previdência como está sendo colocada é inaceitável na forma e no conteúdo.
A premissa do rombo é falsa e o autor do projeto de reforma nem um pouco confiável.
Marcelo Caetano, Secretário da Previdência Social do Ministério da Fazenda, formulador da Reforma da Previdência é ao mesmo tempo (pasmem) membro titular e efetivo, e recebe pra isso, do Conselho de Administração de uma das maiores empresas de previdência privada do país, a BrasilPrev.
E o que isso significa ? Tudo. Significa que a reforma está sendo redigida sob uma ótica estritamente financeira de mercado.
Por exemplo: já ciente da abertura deste este novo mercado que está sendo gestado por Marcelo Caetano, no Ministério da Fazenda, o BB preparou um produto a ser oferecido aos servidores públicos por meio de sua empresa que trata de previdência privada complementar.
Por esta razão a Pública Central do Servidor apresentou denuncia formal contra Marcelo Caetano, na Comissão de Ética Pública da Presidência da República e no MPF para abertura de investigação.
Típico caso de conflito de interesses, a dualidade representada por Marcelo Caetano – o Estado e a iniciativa privada – está absolutamente pendente para a segunda.
Em seu cargo como Secretário da Previdência Social do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano está traindo o Estado, o interesse público e cem milhões de brasileiros.
Sabe-se que os devedores da Previdência Social acumulam um dívida de R$ 426,07 bilhões, quase três vezes o denominado déficit de setor, calculado em R$ 149,7 bilhões em 2016.
Na lista de devedores do Regime Geral da Previdência Social, existem mais de 500 nomes, entre eles bancos privados como o Bradesco, Itaú Unibanco, o Deutsche Bank, a TV Manchete, Jornal do Brasil, Bloch Editores, a mineradora Vale, a Friboi, antigos bancos estaduais, governos estaduais, empresas de aviação falidas, planos de saúde, e muitas outras instituições de grande porte.
Este governo não tem legitimidade para propor a Reforma da Previdência. Deveria era estar buscando fórmulas de agilizar a cobrança e a recebimento de pagamentos dos grandes devedores da Previdência.
Isso, com certeza garantiria a saúde do INSS e de seus contribuintes.
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