Governo Bolsonaro reconhece que dólares acumulados nos governos Lula e Dilma podem salvar o Brasil

Se o secretário dissesse mais, correria o risco de abrir o jogo e mostrar quem é o responsável pela situação “confortável”, comenta o deputado Rogério Correia

(Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)


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O alto volume de reservas em dólar tornam o Brasil preparado para enfrentar a turbulência econômica gerada pela guerra Rússia/Ucrânia. A avaliação é do secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle. “Estamos em situação muito confortável, a gente tem mais de US$ 350 bilhões de reserva internacional”, disse o funcionário do governo Bolsonaro.

Mais ele não disse, pois correria o risco de abrir o jogo e mostrar quem é o responsável pela situação “confortável”.

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Aos fatos: esses US$ 350 bi em reservas foram acumulados nos governos Lula e Dilma.

Antes disso, o país passava por frequentes crises cambiais, como a que levou à maxidesvalorização do real, em 1999 (governo FHC). A partir de Lula, o real se fortaleceu ao mesmo tempo que a economia brasileira ficou menos vulnerável aos acontecimentos no exterior.

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O melhor exemplo dessa boa política econômica veio em 2008, com a quebra da bolha imobiliária nos Estados Unidos, naquela que foi considerada pelos economistas a maior crise do capitalismo mundial desde 1929.

Lula era o presidente da República e resolveu enfrentar a crise: reduziu os juros cobrados pelos bancos públicos, incentivou obras públicas e manteve os aumentos reais no salário mínimo.

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Os resultados não demoraram a aparecer: em 2010, enquanto o mundo ainda engatinhava tentando superar a crise, a economia brasileira crescia mais de 7%. Não à toa, Lula deixaria o cargo no fim daquele ano com 87% de aprovação popular, a maior da história brasileira.

E aí, caiu a ficha?

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