Golpe de Estado na Bolívia
"A Bolívia, país muito pobre, foi vítima de golpes e mais golpes que confirmam um fato simples: países que não completaram sua revolução industrial e capitalista a democracia é sempre instável", avalia o economista e ex-ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser Pereira sobre o golpe que forçou a renúncia do presidente Evo Morales na Bolívia
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Na Bolívia, mais um golpe de Estado: Evo Morales foi obrigado a renunciar.
A Bolívia, país muito pobre, foi vítima de golpes e mais golpes que confirmam um fato simples: países que não completaram sua revolução industrial e capitalista a democracia é sempre instável.
Morales é um político indígena de esquerda que, para surpresa de muitos, governou seu país nos últimos 14 anos com rara competência.
Garantiu a seu país estabilidade e uma excelente taxa de crescimento econômico.
Entretanto, há cerca de um ano vinha encontrando problemas inclusive com indígenas. E foi nesse quadro difícil que enfrentou recentemente uma quarta eleição na qual ele cometeu um grande erro.
Quando começou a se tornar claro que ele venceria o pleito, mas teria que enfrentar um segundo turno, as apurações foram suspensas por um dia e, em seguida, os resultados mudaram a favor de Morales.
A direita boliviana, que sempre esteve no poder, e sempre foi liberal e corrupta ou então liberal e incompetente, aproveitou-se desse erro para pressionar pela renúncia de Morales.
Sem apoio dos militares e sob pressão da Organização dos Estados Americanos, Morales renunciou. Vemos, assim, mais uma vez, como é difícil a sorte dos países na periferia do capitalismo.
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