Globojato pensa que ainda engana povo brasileiro

O conhecido jornalista Alexandre Garcia, em seu comentário no Bom Dia Brasil, disse que o objetivo da manifestação era garantir as aposentadorias milionárias de mais de R$ 20 mil para os privilegiados e chegou a sugerir que a greve deveria ser realizada no feriado de 1° de abril, para não atrapalhar a vida do país. É muito cinismo: greve em feriado? Só se for greve de lazer. Esse pessoal deve achar que a Globo ainda faz a cabeça de todo mundo

O conhecido jornalista Alexandre Garcia, em seu comentário no Bom Dia Brasil, disse que o objetivo da manifestação era garantir as aposentadorias milionárias de mais de R$ 20 mil para os privilegiados e chegou a sugerir que a greve deveria ser realizada no feriado de 1° de abril, para não atrapalhar a vida do país. É muito cinismo: greve em feriado? Só se for greve de lazer. Esse pessoal deve achar que a Globo ainda faz a cabeça de todo mundo
O conhecido jornalista Alexandre Garcia, em seu comentário no Bom Dia Brasil, disse que o objetivo da manifestação era garantir as aposentadorias milionárias de mais de R$ 20 mil para os privilegiados e chegou a sugerir que a greve deveria ser realizada no feriado de 1° de abril, para não atrapalhar a vida do país. É muito cinismo: greve em feriado? Só se for greve de lazer. Esse pessoal deve achar que a Globo ainda faz a cabeça de todo mundo (Foto: Ribamar Fonseca)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Temer conseguiu, a peso de ouro, alinhar do seu lado todas as emissoras de televisão aberta que, a começar pela Globo, se esforçaram em minimizar a greve geral que paralisou o país na sexta-feira. O cinismo, a marca registrada desse governo, dominou o noticiário, reforçado pelo ministro da Justiça, Osmar Serraglio, que considerou o movimento um fracassso. O conhecido jornalista Alexandre Garcia, em seu comentário no Bom Dia Brasil, disse que o objetivo da manifestação era garantir as aposentadorias milionárias de mais de R$ 20 mil para os privilegiados e chegou a sugerir que a greve deveria ser realizada no feriado de 1° de abril, para não atrapalhar a vida do país. É muito cinismo: greve em feriado? Só se for greve de lazer. Esse pessoal deve achar que a Globo ainda faz a cabeça de todo mundo e, por isso, acredita que todo brasileiro deve ser imbecil. Já se foi esse tempo.

Na verdade, a cada dia que passa a televisão dos Marinho perde força, desacreditada por seu noticiário tendencioso. Engajada historicamente nos golpes realizados no Brasil, escancarou o seu posicionamento político no apoio explícito à derrubada de Dilma, à ascensão de Temer e à perseguição a Lula para impedi-lo de voltar ao Palácio do Planalto. Como ocupa mais da metade do tempo do noticiário do seu principal jornal, o JN, com a Lava-Jato, no esforço para criminalizar a classe política, em especial petistas e aliados, já começou a ser chamada de Globojato, responsável pela celebrização do juiz Sergio Moro e promoção dos procuradores que integram a força-tarefa da operação. E manifesta apoio incondicional a todas as iniciativas da República de Curitiba, inclusive às tais dez medidas anti-corrupção propostas à Câmara dos Deputados e aos protestos contra o projeto de lei sobre abuso de autoridade, já aprovado pelo Senado.

Com o apoio explícito da Globo, o combate à corrupção passou a ser o melhor pretexto para o fortalecimento da casta dos magistrados que , não satisfeita com os poderes extraordinários concedidos pela Constituição de 88, quer ampliá-los mediante projetos de lei encaminhados ao Congresso Nacional. Eles já podem tudo, mesmo sem a aprovação das propostas que elaboraram, mas querem maior cobertura legal para decisões estribadas em convicções decorrentes de interpretações das leis ao sabor de suas conveniências, interesses, simpatias ou antipatias políticas. O texto da lei é o que menos importa. O juiz Sergio Moro, hoje a estrela do Judiciário, é campeão nessas interpretações, mas já recebeu poderes do Tribunal Regional Federal da 4ª. Região para fazer suas próprias leis, inclusive para atropelar a Constituição, considerando o seu trabalho excepcional na Lava-Jato.

continua após o anúncio

Sob as vistas complacentes do Supremo Tribunal Federal, Moro já se habituou a fazer o que bem entende na condução dos processos sob a sua jurisdição, agindo como se fosse a autoridade maior do país. Em suas palestras ele se gaba de ter colocado na cadeia os maiores empresários do Brasil, ex-ministros e políticos de projeção, o que o transformou, para muitos brasileiros pobres do juízo, em super-herói. A sua façanha mais importante, o seu grande troféu, porém, será a prisão de Lula, que ele vem perseguindo escandalosamente, convencido de que com esse lance entrará para a história do Judiciário como o juiz de primeira instância que prendeu um ex-Presidente da República. Ele ficará conhecido, também, como o magistrado que usou o cargo para fazer política, combatendo a corrupção apenas de um lado, deixando o outro incólume. Enquanto, por exemplo, procura evidências de um eventual deslize de Lula, delatores afirmam ter dado propinas milionárias aos tucanos Aécio e Serra, entre outros, sem que eles sejam incomodados.

A parcialidade de Moro, flagrado em animada e sorridente conversa com Aécio, é gritante, mas ele não se mostra preocupado em manter as aparências, nem mesmo depois de denunciado à ONU. Como o Supremo e o CNJ não o incomodam, deixando-o à vontade para prosseguir em sua caçada ao ex-presidente operário, ele vai apertando os delatores para que, em novos depoimentos, incriminem o líder petista, seu alvo principal. E nem precisará preocupar-se, também, com o projeto de lei sobre abuso de autoridade, recentemente aprovado pelo Senado, porque há uma tendência para que seja modificado na Câmara dos Deputados, a fim de atender às suas reivindicações e dos procuradores da Lava-Jato, retirando do seu texto os dispositivos que eles consideram prejudiciais aos interesses dos magistrados e do Ministério Público. Como dessa Câmara, que vem aprovando as reformas de Temer, se pode esperar tudo, não é improvável que altere o projeto do Senado. Se tal acontecer, será melhor que entregue de uma vez por todas ao Judiciário a tarefa de legislar. E se recolha à sua covardia.

continua após o anúncio
continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247