Globo, porta-voz de golpistas e banqueiros, quer Mourão no lugar de Bolsonaro, mas a via civilizada é Lula
A Globo não apoia golpes. Ela é o golpe
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Por Davis Sena Filho
A Globo não apoia golpes. Ela é o golpe.
Lula é a primeira via e o centro, porque o centro é o Lula. A segunda via é o Bolsonaro e não os liberais de verniz estilo tucano. Terceira via, definitivamente, não existe. Será uma eleição-referendo e plebiscitária, quando se enfrentarão o lado progressista, democrático e desenvolvimentista do Brasil contra o lado do atraso, do retrocesso e da violência. O povo brasileiro estará em uma encruzilhada, quando terá de escolher o caminho que deseja para seu destino como nação, que pretende ser civilizada ou se deixar ser abraçada pela barbárie.
"A Globo não foi apenas aliada da ditadura e simpatizante de golpes de estado (1964/militar e 2016/jurídico-parlamentar). A Globo é o golpe. O próprio golpe. E, não esqueça, sua função política e social é sempre manipular e distorcer as realidades apresentadas à sociedade para ter poder e defender os interesses do mercado de capitais nacional e internacional, assim como ser guardiã e porta-voz dos propósitos de governos estrangeiros, notadamente os EUA".
Antes de tudo ou qualquer coisa é necessário afirmar que o Grupo Globo, outrora 'Organizações', substantivo feminino no plural que remonta à nebulosa condição de máfia, sempre soube que frente às realidades eleitorais de hoje o centro político e partidário é o ex-presidente Lula, do Partido dos Trabalhadores. Portanto, quem aposta na terceira via para competir nas eleições presidenciais, digo-lhe mais uma vez: vai cair do cavalo ou vai dar com os burros n'água!
Aliás, não apenas a famiglia Marinho compreende tal realidade fática da conjuntura política brasileira, mas todo seu staff mais próximo, cujos Marinho, os três irmãos, ouvem, mas também dão ordens para como proceder perante um adversário político da grandeza de Lula, que os Marinho, por intermédio de seus monopólios, tornaram-se protagonistas e cúmplices de mais um golpe de estado (o outro foi 1964), agora contra a presidente legítima Dilma Rousseff, assim como são também um dos principais responsáveis pela prisão covarde e injusta de Lula, que ora se prepara para concorrer à Presidência da República em 2022.
Lula concorrerá na condição de candidato de centro e centro esquerda, e, com efeito, ocupa o espaço sonhado pela direita liberal que se faz de civilizada, mas que na verdade é responsável pelas privatizações que se opõem aos interesses nacionais, assim como por um golpe de estado acontecido em 2016, que tirou criminosamente do Brasil o controle do Pré-sal.
Enfim, a condição política, partidária e eleitoral de Lula causa grande desconforto à direita liberal aos moldes dos privatistas do PSDB, os tucanos que foram parte importante para a deposição de Dilma e a consequente prisão e Lula, sendo que os processos inconsequentes e irresponsáveis contra a primeira mulher a ser presidente na história do Brasil se deu primeiramente pelas ações deletérias do moleque irresponsável Aécio Neves.
O golpista que não aceitou a derrota eleitoral para Dilma Rousseff e que agora, por conveniência e malandragem, está mais quieto do que passarinho no ninho quando se encontra perto dele um predador. E mesmo assim tal sujeito abjeto continua a apoiar políticos da laia e da baixeza de Jair Bolsonaro, o fascista de terceiro mundo e de quinta categoria, responsável maior pelas mais de 500 mil mortes causadas por Covid-19 no Brasil. O Bozo protofascista conseguiu para si a alcunha de Genocida.
Todavia o assunto principal deste articulista é a chamada segunda via, pois a primeira é Lula, porque, queiram ou não queiram, o Brasil está irremediavelmente dividido, como acontece em todas as famílias brasileiras, o que acarreta radicalismos e confrontos como nunca vistos neste País, mas que, sobretudo, a conjuntura política não abre espaço para uma terceira via, pois o enfrentamento político, partidário e ideológico se dará entre apenas duas forças antagonistas, realidade esta que acontece desde 1989, quando aconteceram os embates entre Lula e Fernando Collor.
De lá pra cá, o Partido dos Trabalhadores se tornou protagonista e com o passar do tempo se tornou mais moderado e se mostrou republicano, de forma que os petistas de centro esquerda se tornaram os protagonistas nos quatro governos consecutivos do PT, mas sempre a dar prioridade às questões nacionais, como exemplifica a proteção ao pré-sal, à Petrobrás, ao desenvolvimento da infraestrutura do País, além das políticas externas independentes e não alinhadas com os Estados Unidos, bem como o participação efetivas do Brasil em blocos poderosos como o Mercosul e o Brics.
Entretanto, o que mais chama a atenção, pois é de se estranhar, é que os Marinho, juntamente com seu staff, bem como seus interlocutores de fora do Grupo Globo, estrangeiros e brasileiros, passaram anos a conspirar contra os governos populares de esquerda, assim como se dedicaram caninamente a demonizar as lideranças mais importantes do Governo do PT, como Lula, Dilma e Zé Dirceu, além de fazerem uma campanha diuturna e sistemática por meio das mídias cruzadas e oligopolizadas das Organizações Globo, que jamais aceitaram distribuição de renda e riqueza, como também combateram a inclusão da população no orçamento da União.
Esta é a verdade. O resto é novela de péssimo enredo e atores canastrões, em que se transformaram a maior parte dos apresentadores, comentaristas, especialistas (de prateleiras) e até repórteres dos principais jornais conservadores, que não se contiveram e, mais do que isto, tornaram-se cúmplices das maiores farsas e fraudes políticas da história da República, que foram a deposição calhorda e cafajeste de Dilma Rousseff e a prisão injusta, covarde e surreal de Lula.
O Grupo Globo apostou no golpe de estado deliberadamente, sendo que a Lava Jato, associada umbilicalmente aos interesses econômicos e políticos dos Marinho, até mesmo quando involuntariamente, tornou-se o epicentro de todos os tipos de crimes contra a ordem jurídica, a Constituição, o Estado de Direito, a Democracia, e, evidentemente, contra os interesses nacionais, a começar pela destruição de lesa-pátria da engenharia pesada brasileira, além dos setores naval e nuclear.
A política de arrasa-quarteirão continuou com a tomada do poder pelo ser humano abjeto, traiçoeiro e covarde cujo codinome é Michel Temer, que saiu da presidência usurpada por ele com a marca eterna de golpista irresponsável e incompetente, para que logo depois assumisse o poder central o beligerante, inconsequente e irresponsável, Jair Bolsonaro, filho do processo golpista capitaneado pelo Grupo Globo dos Marinho e seus empregados aboletados em suas diferentes mídias.
O Grupo Globo não passa de um conglomerado midiático preocupado em manter os benefícios e os privilégios da burguesia nacional com braços no exterior, além de ser porta-voz de banqueiros e de indústrias transnacionais como as de petróleo, por exemplo. Por isso que o pré-sal foi criminosamente passado nos cobres e a Petrobras ainda perdeu inúmeras subsidiárias, além de a Eletrobrás estar na alça de mira dos burgueses brasileiros plenos de complexos de vira-latas e há séculos desprovidos de projeto de desenvolvimento e independência para o Brasil e o povo brasileiro.
Este País tem uma "elite" econômica, porque essa gente nunca foi elite intelectual, que jamais pensou o Brasil. Por causa disso, nunca construíram nada, mas apenas ocuparam o Estado nacional nos papéis de colonizadores do próprio povo brasileiro para que somente tenham atendidos seus próprios interesses. E é isto o que a direita brasileira faz e sempre fará, como provam e comprovam as ações e atos deletérios de mandatários dos naipes de Michel Temer, Jair Bolsonaro e outros de um passado mais remoto.
Contudo, os Marinho, das Organizações Globo, são parte intrínseca desse estado de coisas que prejudicam de morte o Brasil, porque suas empresas quando estão em plena luta política e ideológica se transformam em verdadeiras máquinas moedoras da moral e imagens alheias, sem se preocupar depois, como fizeram com Getúlio, Jango, Brizola, Lula, Dilma e muitas outras pessoas, no decorrer da história, se o cidadão ultrajado, muitas vezes perversamente e covardemente, incorreu verdadeiramente em equívocos, malfeitos e crimes, de forma que a pessoa linchada moralmente em público pelo canhão midiático da Globo jamais terá a oportunidade de reverter com a mesma amplitude e proporção os ataques e achincalhes que lhes arrasaram como cidadã perante a sociedade. Realmente, é o fim da picada.
Esse é o péssimo comportamento do Grupo Globo e de muitos de seus empregados puxa-sacos e medrosos de perder o emprego ao ponto de se anularem como seres pensantes e indelevelmente políticos, porque não adianta ir contra a maré, pois o ser humano é por natureza um animal político. Sinceramente, realmente, somente no meu meio jornalístico que alguns empregados consideram seus patrões como colegas.
Chega a ser ridículo, pois a verdade é que quem não tem o controle dos meios de produção não tem o poder de decidir sobre a vida dos outros, no caso o emprego, base de sustentação da classe média tradicional e alta, que confundem alhos com bugalhos e por isto se equivocam perigosamente ao apoiarem os interesses e pensamentos de seus patrões. Lamento, porque deplorável tal conduta, além de burrice inominável. A luta de classe existe e sempre existiu. Engana-se profundamente quem dela abre mão por se considerar espertamente sem lado — neutro.
Como se observa, e por causa do golpe de 2016, a destruição da indústria e do comércio em geral causou o fechamento de milhões de lojas e de fábricas de micro, pequenos e médios portes em seis anos, conforme estatística do IBGE em seu site. Para quem não sabe, esses pequenos negócios são ou eram responsáveis por 70% dos empregos criados no Brasil.
Por se turno, esses seis anos se referem ao período 2015/2021, a incluir o ano do pré-golpe (2015) somado às pautas bombas aprovadas por um Congresso golpista, cuja Câmara de Deputados era presidida pelo delinquente Eduardo Cunha e seu bando de patifes, que se organizaram para golpear uma presidente trabalhista, constitucional e eleita legitimamente pela força das urnas.
E tudo esse processo sórdido e infame a ter a conspiradora e protagonista Globo à frente de toda a imprensa de negócios privados e de mercado que viceja no Brasil e apoia candidatos de direita e cria situações para que um fascista, por exemplo, conquiste o poder, como é o caso do emocionalmente descontrolado Bolsonaro, que os generais elitistas, sectários, que não conseguem sair da Guerra Fria iniciada nos anos 1950 e terminada com a queda do muro de Berlin em 1989, pensaram que iriam controlá-lo, como se fosse possível controlar a besta esculpida pela sua própria violência e ausência de compaixão e empatia.
Pois não é que os Marinho e seus interlocutores daqui e alhures estão agora a pajear o vice-presidente e general de extrema direita Hamilton Mourão, a dar-lhe espaço na Globo News como se ele fosse um moderado, coisa que nunca foi, porque basta pesquisar na internet e ver suas ações e atos políticos anteriores à posse de Bolsonaro como presidente, além de verificar que o general direitista (desculpem a redundância) e sequaz de ideias fascistas, no poder agiria como um ditador de terceiro mundo e sem nenhuma visão sobre a sociedade civil amplamente diversificada, segmentada e com inúmeros setores que ainda buscam espaços no que é relativo à cidadania e o direito de ter seus direitos respeitados e considerados.
Porém, os irmãos Marinho tem DNA militarista, ora bolas! E vão apostar na segunda via, porque sabem que o Brasil está dividido e não há espaço para a terceira via. Como Lula é a primeira via político-eleitoral e os Marinho odeiam os políticos trabalhistas, como demonstraram na história a partir de seu avô, Irineu, e depois de seu pai, Roberto, a solução é tentar colocar no lugar de Jair Bolsonaro, que é totalmente selvagem, e por isso incontrolável, que há a necessidade de tentar algo para que Lula e o PT não retornem ao poder central.
A verdade é que os Marinho querem uma saída à direita, neoliberal e com verniz de civilizada, coisa que os Marinho pensam que são, mas jamais serão. Ninguém pode ou poderá se considerar civilizado porque anda em altas rodas nacionais e internacionais, fala algum idioma, é muito rico e viaja para Paris, Londres, Nova Iorque e Miami. Ou porque estudou em escolas de "elites". A verdade é que os Marinho não se preocupam muito com a economia, a não ser no que diz respeito ao oligopólio midiático que controlam com mão de ferro.
Se se preocupassem, certamente que os Marinho, associados aos marginais da Lava Jato, teriam cuidados junto aos seus empregados jornalistas para que eles denunciassem os corruptos ou ladrões do dinheiro público com a participação de empresários, mas sempre a proteger as empresas, porque tais unidades empresariais, muitas delas maiores que o conglomerado Globo, são empresas estratégicas para o desenvolvimento do País, com muito conhecimento científico e tecnológico, que deveriam ser, evidentemente, resguardados. A resumir: prende-se os corruptos e os corruptores, mas não se pode destruir as empresas nacionais, muitas delas multinacionais.
E foi o que não aconteceu. Hoje, o que se vê são os Marinho a insistir no erro de se intrometer na política e seus jornalistas empregados a fazerem caras de paisagens como se eles todos não tivessem quaisquer culpas no cartório. Como se não fossem um dos principais responsáveis pelo consórcio golpista que levou à deposição uma presidente honesta e encarcerou um presidente honesto, como comprovam as vitórias dos dois mandatários do PT na Justiça, de forma avassaladora e inquestionável.
Por sua vez, os coronéis midiáticos que fazem política sem concorrer a cargos públicos na maior desfaçatez e cara de pau, estão por intermédio de seus antepassados próceres da burguesia desde 1925 a encher o saco da País, quando o jornal conservador 'O Globo' foi fundado para o azar dos interesses do Brasil e de seu povo, que até hoje não se livrou totalmente das correntes da escravidão.
Agora essa direita sacripanta e irresponsável, como é o caso dos irmãos Marinho, prepara a segunda via com o general gorila, o tal de Mourão, como se ele fosse o tampão a ficar no lugar do Bolsonaro até que termine o mandato. A verdade é que a estratégia e terminar o governo do capitão beligerante e incontrolável pelo general Mourão, que se aceitar será mais um milico na história da dar golpe e novamente na companhia dos irmãos Marinho, que não medem qualquer consequência, pois o são inconsequentes.
Deveriam dizer o seguinte para o general insatisfeito e cheio de manias: "Mourão, deixa de ser chorão!", e pare de reclamar sua presença nas reuniões de seu chefe, que tem o apelido de Bozo, e é tratado como pária pela comunidade internacional. General, não haverá terceira via, apesar de os liberais deste País com destaque para os Marinho sonharem com alguém tipo Fernando Henrique, que deixou os trabalhadores à míngua, vendeu o Brasil, mas tinha um ar de civilizado, e se comportava como gente.
Os Marinho querem o seguinte: verniz de civilização nos governos e chibata nos porões contra os trabalhadores e seus interesses. Para eles, chega de chiliques à moda Bozo! Contudo, cara pálida, o sonho de outra pessoa a ocupar a segunda via no lugar do Bolsonaro não será possível, bem como a terceira via não existe e nem existirá em um País conflagrado politicamente e pleno de ódios e intolerâncias.
O que vai ter mesmo é o Lula como centro, porque o centro é o Lula, bem como a segunda via não será o Mourão, mas poderá ser o Bolsonaro. Terceira via é ideia de jerico ou má-fé intelectual. Entretanto, é bom observar, a luta para a direita liberal e a extrema direita ocupar a segunda via já é uma vitória das esquerdas, que garantem estar no segundo turno das eleições de 2022, a enfrentar a segunda via, que ora o Grupo Globo se debruça para ter um candidato competitivo e viável.
O problema é da direita. Ela que se vire com suas artimanhas, malandragens e vias, pois todas suas vias são contra os interesses da sociedade em geral, dos aposentados e dos trabalhadores, como sempre em incontáveis momentos da história do Brasil. A Globo aposta na queda da popularidade de Bolsonaro e ele sabe disso e vai reagir com destempero e violência. A Globo é porta-voz de golpistas e banqueiros e quer o general Mourão no lugar de Bolsonaro, mas a via certa é Lula. É isso aí.
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