Globo e Moro iniciaram uma guerra civil no Brasil
A Lava-Jato foi uma farsa criada nos EUA para criminalizar a esquerda, prender Lula, quebrar a economia nacional e levar a eleição de um presidente entreguista e de extrema-direita. Trabalharam nessa operação, além dos EUA, parte substancial do Judiciário brasileiro e a Rede Globo, diz o historiador Carlos d'Incao
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Não há mais o que se debater sobre os vazamentos da Lava-Jato. Aquilo que começou em 2014 como rumor, tornou-se suspeita em 2015, mudou para convicção em 2016, virou lógica dedutiva em 2017, evoluiu para o bom-senso em 2018 até, enfim, se concretizar em provas materiais e irrefutáveis em 2019:
A Lava-Jato foi uma farsa criada nos EUA para criminalizar a esquerda, prender Lula, quebrar a economia nacional e levar a eleição de um presidente entreguista e de extrema-direita. Trabalharam nessa operação, além dos EUA, parte substancial do Judiciário brasileiro e a Rede Globo.
A partir da revelação da verdade, encontramos o que está em jogo no Brasil sob o ponto de vista conceitual: a República, a Democracia e a Constituição.
Quem defende a Lava-Jato não quer a existência de instituições republicanas, refutam a democracia e querem rasgar a Constituição. Quem defende a anulação desse processo farsesco e a apuração das responsabilidades civis e criminais até as últimas consequências são os republicanos, os democratas e os constitucionalistas.
Sérgio Moro quis ser a estrela desse espetáculo nefasto e ao ser acuado com a verdade resolveu dobrar a aposta. Não fez isso sozinho. Ao lado dele está a Rede Globo, a irmã siamesa da manipulação das massas, do entreguismo e da ditadura militar.
Moro age, como pessoa física, defendendo os seus próprios interesses políticos que resultam justamente na destruição da democracia. A Rede Globo age, como pessoa jurídica, a favor dos interesses do mercado que quer - a qualquer custo - aprovar a Reforma da Previdência.
Sob os escombros de tudo o que ocorreu desde 2013 encontramos um país que não conseguirá nunca mais se reconciliar. Os apoiadores do atual governo possuem um ódio visceral de todos aqueles que defendem a República, a Democracia e a Constituição. A recíproca é verdadeira aos opositores de Moro, Bolsonaro et caterva. O país que estava em ebulição evoluiu, a partir da Vaza-Jato, em uma nação em estado de guerra civil.
Os últimos dois degraus a este estágio decisivo em nossa História coube ao Moro e sua arrogância e a Globo em sua soberba em continuar a desprezar a verdade, ainda que escancarada em suas portas.
Em épocas de guerra civil as vias institucionais servem apenas ao lado que está vencendo a guerra. E quem está vencendo nesse momento - não tenhamos dúvidas - é a extrema-direita. Por essa razão é que assistimos o STF se auto negar como instituição, o Congresso e o Senado acelerar a Reforma da Previdência e um presidente que se basta assistindo jogo da seleção e debatendo sobre a possível mudança da tomada de três pinos.
O tempo sempre joga a favor de quem está ganhando. Haveria outra razão de o STF, em pleno escândalo dos vazamentos, adiar o mérito da suspeição de Moro no processo contra Lula, para depois do recesso? Do outro lado, outros processos contra Lula vão de vento em popa... inclusive o infame processo do Sítio de Atibaia...
Esqueçam. A extrema-direita está no comando e ela não vai deixar Lula ficar livre. Resta a Lula apenas a esperança de ser libertado. E aqui temos uma questão semântica importante. Ficar livre significa ter a proeza de sair vitorioso em um processo judicial moroso e viciado. Ser libertado significa justamente romper o processo judicial pela força e nas ruas.
A grande problemática dessa guerra civil é que não temos setores autóctones que poderão vir a se tornar beneficiados pela vitória da direita, ou seja, a direita vence e o Brasil acaba.
A defesa do Brasil e de sua soberania está em jogo, isso sempre soubemos. Porém, a falta de clareza das lideranças políticas progressistas e sua torpe esperança de que “caso sejamos comportados os donos do poder nos permitirão voltar a governar” envenenam a luta política e pode levar o país e os movimentos sociais a um processo de profunda crise de esperança e perspectiva.
A morte da esperança e da perspectiva é a ante-sala da vitória da direita. Urge a necessidade da radical defesa do Estado de Direito e da denúncia forte e beligerante contra a direita e os seus entreguistas. A esquerda não pode mais gritar em falsete no parlamento. A voz tem que ser forte o suficiente para levantar as ruas.
O tempo é de guerra. Saber disso é fundamental. Devemos lembrar, inclusive daqueles que souberam do seu significado. E não precisamos de tanto. São Tomás de Aquino afirmou em suas "Confissões” que “em uma fortaleza assediada, qualquer dissidência é traição”. E a traição hoje é não partir para a guerra, pelo Brasil, pela República, pela Democracia e pela Constituição.
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