Gilmar não cassa Temer, já cassado pelas ruas

"Era fato público e notório que o presidente do TSE, Gilmar Mendes, votaria contra a cassação da chapa Dilma-Temer, mais por Temer que por Dilma, é claro, mas o pretexto que ele arranjou foi do cabo da esquadra – para usar uma expressão contemporânea dele", escreve Alex Solnik, colunista do 247; ele lembra que o presidente do TSE "ponderou que Temer não poderia ser cassado porque a queda de mais um presidente em tempo tão exíguo vai trazer instabilidade politica"; "Esse foi o argumento central do seu voto que salvou Temer e que pode ser contestado no futuro, por Gilmar reconhecer que os ilícitos estão provados nos autos, mas renunciar a puni-los de acordo com a lei"

"Era fato público e notório que o presidente do TSE, Gilmar Mendes, votaria contra a cassação da chapa Dilma-Temer, mais por Temer que por Dilma, é claro, mas o pretexto que ele arranjou foi do cabo da esquadra – para usar uma expressão contemporânea dele", escreve Alex Solnik, colunista do 247; ele lembra que o presidente do TSE "ponderou que Temer não poderia ser cassado porque a queda de mais um presidente em tempo tão exíguo vai trazer instabilidade politica"; "Esse foi o argumento central do seu voto que salvou Temer e que pode ser contestado no futuro, por Gilmar reconhecer que os ilícitos estão provados nos autos, mas renunciar a puni-los de acordo com a lei"
"Era fato público e notório que o presidente do TSE, Gilmar Mendes, votaria contra a cassação da chapa Dilma-Temer, mais por Temer que por Dilma, é claro, mas o pretexto que ele arranjou foi do cabo da esquadra – para usar uma expressão contemporânea dele", escreve Alex Solnik, colunista do 247; ele lembra que o presidente do TSE "ponderou que Temer não poderia ser cassado porque a queda de mais um presidente em tempo tão exíguo vai trazer instabilidade politica"; "Esse foi o argumento central do seu voto que salvou Temer e que pode ser contestado no futuro, por Gilmar reconhecer que os ilícitos estão provados nos autos, mas renunciar a puni-los de acordo com a lei" (Foto: Alex Solnik)


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Era fato público e notório que o presidente do TSE, Gilmar Mendes, votaria contra a cassação da chapa Dilma-Temer, mais por Temer que por Dilma, é claro, mas o pretexto que ele arranjou foi do cabo da esquadra – para usar uma expressão contemporânea dele.

A rigor, as justificativas do seu e dos votos dos ministros Agmar, Tarcísio e Napoleão coincidiram: os quatro disseram que os fatos narrados pelo relator Herman Benjamin são gravíssimos, mas devem ser apurados na esfera penal e não na eleitoral.

Também denunciaram, em uníssono, que o relator extrapolou o âmbito da denúncia, a Odebrecht não poderia ser mencionada e não ficou provado que a campanha presidencial de 2014 foi paga por meio de propina, ao menos em parte.

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Deu até pra desconfiar que os votos dos quatro foram orquestrados.

Gilmar, no entanto, acrescentou um argumento próprio e exclusivo: ponderou que Temer não poderia ser cassado porque a queda de mais um presidente em tempo tão exíguo vai trazer instabilidade politica.

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Esse foi o argumento central do seu voto que salvou Temer e que pode ser contestado no futuro, por Gilmar reconhecer que os ilícitos estão provados nos autos, mas renunciar a puni-los de acordo com a lei.

Certamente Gilmar finge não perceber que a causa da instabilidade política não seria a cassação; a instabilidade política está aí e ela se chama Temer. Quanto mais tempo ele permanece no Planalto, mais a instabilidade se agrava.

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Não pode haver estabilidade enquanto o país tiver um presidente que está prestes a ser denunciado pelo Procurador Geral da República como chefe de organização criminosa, corrupção passiva e obstrução de Justiça.

Ainda que tenha sido absolvido por 4 a 3 pelas estrepolias eleitorais puníveis com a perda do mandato, com o voto de Minerva de Gilmar, Temer já foi cassado pela maioria dos brasileiros, é o que mostram as pesquisas.

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