Gilmar foi uma mãe para Queiroz
O colunista Alex Solnik comenta o habeas corpus dado a Queiroz e companheira por Gilmar Mendes e pergunta: "uma foragida da Justiça merece prisão domiciliar?". Ele complementa: "toda a indignação provocada por Noronha recairá em Gilmar"
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Se o Pasquim ainda existisse, algum colunista da casa diria que essa decisão do Gilmar Mendes de agora há pouco, em plena noite de sexta-feira, foi do balocobaco.
Mandar Queiroz e mulher de volta à prisão domiciliar? Revogar a sentença do Félix Fischer? Aceitar a tese do João Otávio de Noronha de que o elo dos Bolsonaro com as milícias está mal de saúde e precisa da mulher pra cuidar dele?
E de que uma foragida da Justiça merece prisão domiciliar?
Toda a indignação provocada por Noronha recairá em Gilmar. Além disso, vão chover recursos pedindo tratamento análogo a milhares de presos, também doentes, expostos ao covid-19 e que continuam em cana.
O que deu em Gilmar para tomar uma decisão tão equivocada?
A essa altura do campeonato, prisão domiciliar não é pena alguma, pois estão em prisão domiciliar todos os brasileiros, cumprindo uma quarentena que não tem mais fim.
Não acho que estando preso em Bangu Queiroz iria delatar o esquema que comandava e que pode ser muito mais amplo do que já se conhece. Ele não tem cacife para delatar um presidente da República. Mais do que ninguém ele sabe como as coisas funcionam.
Mais cedo ou mais tarde ele vai cumprir pena, vai puxar alguns anos e depois volta a ser tudo como dantes no quartel de Abrantes.
Mas não há dúvida que Gilmar foi uma mãe para Queiroz.
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