Gilmar faz o que quer, na hora que bem entender. Devolve Gilmar! Ou dane-se o Brasil

Gilmar Mendes senta em cima da Adin 4.650, sem delongas e despido de quaisquer constrangimentos, a demonstrar sua natureza casuística e arrogante, a indicar que não vai sair de cima do processo

Gilmar Mendes senta em cima da Adin 4.650, sem delongas e despido de quaisquer constrangimentos, a demonstrar sua natureza casuística e arrogante, a indicar que não vai sair de cima do processo
Gilmar Mendes senta em cima da Adin 4.650, sem delongas e despido de quaisquer constrangimentos, a demonstrar sua natureza casuística e arrogante, a indicar que não vai sair de cima do processo (Foto: Davis Sena Filho)


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Daqui a poucos dias completar-se-á um ano desde que o juiz do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar "faço o que eu quero e na hora que bem entender" Mendes pediu vistas do processo da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4.650, de autoria da OAB, que, dentre outros itens, proíbe as doações privadas para as campanhas políticas, que, inegavelmente, também se transformaram em um meio sujo para se pagar propinas a corruptos ou ladrões do dinheiro público travestidos de servidores públicos, empresários, executivos e políticos, com a cumplicidade também de juízes e de policiais que resolveram incorrer em crimes.

Gilmar "faço o que eu quero e na hora que bem entender" Mendes sempre atuou e agiu de forma autoritária, além de no decorrer desses anos todos se envolver com decisões judiciais polêmicas e contestáveis, bem como se tornou uma referência político-partidária para os partidos de direita, a exemplo do PSDB, DEM e PPS, e, com efeito, uma das "estrelas" das mídias de negócios privados pertencentes aos magnatas bilionários de imprensa, que sempre premiaram e cantaram loas e boas a juízes conservadores, ideológicos e dispostos a se comportar como verdadeiros políticos, a serviço do status quo e de interesses do grande empresariado, inclusive o internacional, além da oposição aos mandatários trabalhistas eleitos e reeleitos pelo povo a presidentes da República desde o ano de 2002.

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Neste momento, Gilmar "faço o que eu quero e na hora que bem entender" Mendes senta em cima da Adin 4.650, sem delongas e despido de quaisquer constrangimentos, a demonstrar sua natureza casuística e arrogante, a indicar que não vai sair de cima do processo, a despeito de saber que é exatamente o financiamento de campanhas políticas pelo setor privado que tem permito a corrupção em âmbito público, a lavagem de dinheiro e o pagamento de propinas, como se fossem financiamentos de campanhas eleitorais, por parte de executivos e empresários criminosos.

Essas realidades têm causado graves prejuízos à estabilidade política e institucional, bem como favorecido o desenvolvimento de um clima golpista contra o Governo Trabalhista. Por sua vez, o frenesi histérico, vitaminado pela imprensa meramente de mercado, mexe com a direita, que, irresponsavelmente, sai às ruas a vociferar "contra tudo o que está aí", porque é sua única pauta, a demonstrar intolerância e, sobretudo, ignorância sobre as questões brasileiras para pedir, absurdamente, a efetivação de um golpe militar. Chagall e Salvador Dali não seriam tão surreais.

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Enquanto o caldo ferve e a jiripoca pia, Gilmar "faço o que eu quero e na hora que bem entender" Mendes aproveita o tempo que tem para conspirar e, por seu turno, dar declarações no sentido de ele afirmar que é o Congresso Nacional que vai decidir sobre questões relativas à reforma política, como se o juiz, pupilo de Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I —, não fosse um magistrado com um passado repleto de enfrentamentos de carácteres políticos, contra a Presidência da República e as lideranças da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, a se intrometer, equivocadamente, em assuntos pertinentes ao Executivo e ao Legislativo, a criar crises propositalmente para impedir o Governo de governar e o Legislativo de legislar. Gilmar, sobretudo, optou por falar mais nos microfones das televisões ao invés de falar mais nos autos.

Quantas vezes o magistrado politicamente conservador não fez chicanas, a cooperar com a oposição tucana e seus aliados, a judicializar a política e a criminalizar o Governo e o Partido dos Trabalhadores, por meio dos bastidores do STF e das luzes das câmeras de televisões, das palavras escritas e faladas de jornalistas e "especialistas" de prateleiras, xeleléus, sabujos de uma nota só, bajuladores de patrões e chefes golpistas, que rejeitam e não se submetem à vontade do voto da maioria, pois inconformados com a derrota eleitoral de 2014.

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Essa gente, incrivelmente, conspira de forma aberta, livre e ainda têm a desfaçatez de acusar o Governo petista de ser ditatorial, comunista, bolivariano, autoritário e que daqui a pouco vai tomar à força a poupança, os móveis e imóveis da classe média coxinha de alma lacerdista e que, em plena democracia e a pleno pulmões, reafirma sua incontinência verbal e ideológica ao pedir por um golpe militar. É assim: o Governo do PT, que governa democraticamente, é autoritário; mas, uma ditadura militar sonhada e reivindicada pelos coxinhas, ignorantes da história do Brasil e despolitizados, não. Então, tá. Durma-se com um barulho desses...

Advogado-Geral da União do Governo FHC, o juiz condestável age e atua de forma política e parcial desde que foi nomeado para o mais importante tribunal deste País. Suas polêmicas decisões sempre deram a impressão à sociedade de algo estar no ar, porque Gilmar Mendes foi o primeiro dos presidentes do STF, após Lula chegar ao poder, a imiscuir-se de forma sistemática em assuntos políticos distantes de sua alçada como juiz e, obviamente, um dos mandatários do Judiciário brasileiro.

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Este magistrado, fragorosamente de direita, repercutiu o verbo e abriu as cortinas do plenário do STF, que em seu mandato presidencial, bem como o mandato do juiz Joaquim Barbosa, vivenciaram um verdadeiro show de descalabros, gritos, ofensas e provocação, a deixar nuas as intenções políticas de juízes bravateiros que, ao invés de silenciar e somente falar nos autos, resolveram optar pelos microfones e luzes das mídias familiares, que os trataram como "estrelas" da República de oposição aos governos populares de Lula e de Dilma Rousseff.

Lamentáveis o foram inúmeras decisões deste juiz, que tinham e ainda têm a finalidade de criar fatos políticos e jornalísticos, causar instabilidade institucional e, sobremaneira, favorecer os interesses da oposição demotucana. A última ação de Gilmar "faço o que eu quero e na hora que bem entender" Mendes é segurar por um tempo de um ano a proposta que dá fim ao financiamento privado de campanhas.

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Agora, vamos à pergunta que não quer calar: se o juiz Gilmar Mendes critica com veemência a corrupção e a oposição de direita de maneira altissonante denuncia os malfeitos da República, porque, então, o magistrado "ídolo" da imprensa familiar e alienígena está a segurar a votação de importante ação direta de inconstitucionalidade de autoria da OAB? Afinal, o placar está 6 a 1 em favor do fim do financiamento privado a campanhas eleitorais, e é exatamente por causa disto que o condestável juiz pediu vistas do processo, ou seja, engessou sua aprovação pela maioria dos juízes do Supremo. Casuísmo na veia.

Qual é a intenção de Gilmar "faço o que eu quero e na hora que bem entender" Mendes? Por que a Rede Globo, a Globo News e suas congêneres se calam, não comentam, ao tempo em que apoiam e repercutem, como se fosse uma lavagem cerebral, as manifestações de índoles golpistas dos coxinhas udenistas, muitos deles fascistas e portadores de suásticas, como estupidamente fizeram questão de mostrar seus "puras" e "bem intencionadas" ações em prol da democracia, contra a corrupção e talvez "tudo o que está aí".

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Contudo, não são possuidores de quaisquer pautas favoráveis aos trabalhadores e à melhoria de setores como a educação, a saúde, bem como jamais questionaram as corrupções cometidas pelos tucanos, notadamente em São Paulo, Paraná e Minas Gerais, além de não pedir punições aos barões da imprensa empresarial, que cometem crimes de sonegação e depositam fortunas em contas numeradas no HSBC da Suíça, banco este acusado de lavar dinheiro até do tráfico de armas e de drogas, que, recentemente, pagou altas somas por meio de multas, nos Estados Unidos. Não vi e não ouvi nenhum coxinha fascista reclamar disso. Até os protestos dessa gente são seletivos, tais quais às notícias da imprensa burguesa de histórico golpista. Realmente, eles se entendem, pois farinha do mesmo saco.

Entretanto, para o desassossego de Gilmar Mendes, o ministro e presidente do STF, Ricardo Lewandowski, parece não conjugar com as intenções do reacionário colega, que bloqueou decisão que proibia expediente que mascara propinas como se fossem doações de campanhas, e a mídia corporativa e entreguista mais uma vez se calou. Lewandowski, de forma discreta, mas que para bom entendedor meia palavra basta, anunciou que vai dar prioridade ao julgamento de processos com pedido de vista. E para já. Evidentemente, que a Adin nº 4.650 vai ter sua votação de 6 a 1 colocada e pauta, com a aprovação do fim do financiamento privado às campanhas eleitorais.

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"Pretendemos fazer um esforço para liberarmos o maior número possível de votos-vista em atendimento ao direito fundamental previsto no artigo 5º, inciso LXXVII, que é duração razoável do processo" — afirmou o presidente Lewandowsk. Portanto, vamos à segunda pergunta que teima em não se calar: como é que um juiz, a exemplo de Gilmar Mendes, prejudica uma votação tão importante para a cidadania, que aperfeiçoa o processo eleitoral brasileiro e que ajuda a combater a corrupção, tem a insensatez, a prepotência, a arrogância de ainda afirmar, após um ano sentado em cima da adin, que o STF não tem legitimidade para votar tal matéria, porque, segundo o juiz, somente o Congresso vai poder analisar o processo.

Assim não dá, cara pálida. Então quer dizer que enquanto o Congresso teve maioria governamental a política pode ser judicializada, bem como criminalizada, de acordo com os interesses da oposição tão afeita a Gilmar "faço o que eu quero e na hora que bem entender" Mendes. Como o Congresso está em uma fase de confronto com o Governo e uma maioria conservadora elegeu um presidente (deputado Eduardo Cunha – PMDB) oposicionista contumaz ao Governo Trabalhista de Dilma Rousseff, Gilmar acha por bem considerar que o Congresso é quem deve decidir sobre a adin, até porque no STF o magistrado de direita está derrotado, porque voto vencido.

Para finalizar, ressalta-se que, ao pedir vista da matéria votada, Gilmar Mendes deliberadamente favoreceu a corrupção eleitoral. E por quê? Respondo: as eleições de outubro de 2014 já poderiam se submeter às novas regras, com a aprovação da Adin nº 4.650. A resumir: as empresas, as corporações privadas teriam muito mais dificuldades para corromper servidores públicos e políticos, porque legalmente não poderiam mais financiar campanhas eleitorais.

Simples assim, apesar de eu saber que os tribunais regionais eleitorais, o TSE, o Ministério Público, os partidos políticos, a Polícia Federal e os cidadãos brasileiros estariam atentos para combater quaisquer ilegalidades e malfeitos, a denunciar criminosos e evitar que candidatos preferidos de empresários e das mídias conservadoras e golpistas recebam milhões, enquanto seus adversários ficam à míngua.

Gilmar Mendes atrasa o processo democrático brasileiro. Não trabalha em prol dos interesses do povo do Brasil. Este juiz soltou o multiestuprador, médico Roger Abdelmassih, concedeu dois habeas-corpus ao banqueiro, Daniel Dantas, em apenas 48 horas, e, com efeito, evitar suas prisões, bem como tentou deixar o ex-presidente Lula em uma situação difícil perante a sociedade, ao dizer que o líder trabalhista pediu a ele para julgar o caso "mensalão" após as eleições municipais de 2012.

Uma mentira terrível, desmesurada, coberta de maldades, interesses políticos e midiáticos, porém, desmentida pelo ex-ministro do STF e da Defesa, Nelson Jobim, e jamais comprovada, a exemplo dos grampos sem áudio entre Gilmar e o senador cassado do DEM, Demóstenes Torres, o ex-varão de Plutarco da Globo e da imprensa de mercado em geral, além do grampo com áudio, quando Gilmar "faço o que eu quero e na hora que bem entender" Mendes foi gravado pela PF, com a autorização do STF, a conversar com o ex-governador do Mato Grosso, Silval Barbosa, exatamente no dia que ele fora preso, em seu apartamento, na cidade de Cuiabá.

A Procuradoria Geral da República investigava o governador sobre casos de corrupção, e Gilmar Mendes telefona para um investigado, que teve a autorização do próprio Poder ao qual ele pertence para que sua residência fosse invadida pela Polícia Federal. Além desses fatos narrados sobre personagem da República envolto há anos em polêmicas, atos e ações reprováveis por muitos cidadãos deste País, aconteceram uma série de outras ações de tal juiz, que, se uma pessoa se interessar basta consultar a internet. A verdade é uma só: Gilmar Mendes não é um magistrado republicano. Ele faz o que quer, na hora que bem entender. Devolve Gilmar! Ou dane-se o Brasil. É isso aí.

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