Generais não obedecem a Temer
"Sexta-feira passada Temer deu uma ordem às Forças Armadas: tirem os caminhões das estradas. Até domingo nada aconteceu", diz o colunista Alex Solnik; "Em condições normais de tempo e temperatura, generais que não obedecem ao presidente da República costumam ser afastados de suas funções, mas isso só acontece quando o presidente tem autoridade"
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Está dito na constituição de 1988 que o presidente da República é o comandante-em-chefe das Forças Armadas e estas lhe devem obediência.
Sexta-feira passada Temer deu uma ordem às Forças Armadas: tirem os caminhões das estradas.
Até domingo nada aconteceu. Nesse dia, por twitter, o general Villas Boas, o número 1 do Exército ignorou Temer, que garantiu que motoristas do Exército tomariam o volante dos caminhões para retirá-los das pistas. Disse que a ordem é negociar com os grevistas.
No mesmo dia, o interventor do Rio, general Braga Netto obedeceu às diretrizes de Villas Boas e não às de Temer. Alegou que não usaria de força com os caminhoneiros que há oito dias paralisam o país e o Rio: “só se for necessário”. Como se ainda não fosse. E repetiu a ladainha de Villas Boas: por enquanto, vamos negociar.
Pezão, ao seu lado, não o contestou, confirmando a sentença segundo a qual “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Fez um apelo aos caminhoneiros para que parassem a greve por motivos humanitários e não conseguiu responder à pergunta fundamental dos jornalistas: quando os cariocas poderão abastecer seus veículos.
Em condições normais de tempo e temperatura, generais que não obedecem ao presidente da República costumam ser afastados de suas funções, mas isso só acontece quando o presidente tem autoridade.
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