Generais impedem queda de Mandetta

"O episódio serviu para mostrar que os generais dão a última palavra acerca das decisões do capitão", escreve o jornalista Alex Solnik

(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)


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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia

“A hora dele não chegou ainda, não... vai chegar a hora dele”. A frase de ontem proferida por Bolsonaro parecia ter se concretizado mais cedo do que se esperava. Depois de almoçar hoje, no Palácio do Planalto, com Osmar Terra, o presidente fez o que parecia não ter força para fazer: mandou Mandetta fazer quarentena na sua casa, como saiu n’O Globo versão digital. 

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Ainda hoje Terra publicou artigo na “Folha” em que defende o isolamento vertical, leitmotif de Bolsonaro nos últimos dias. Bolsonaro, era o que parecia, sentiu firmeza para despachar o ministro mais popular do seu governo, o que não lhe trazia benefício algum, ao contrário – foi o que escrevi agora há pouco, informado de que ele já caíra. Minutos depois, ficou o dito pelo não dito: Bolsonaro voltou atrás, pressionado por seus generais. 

As panelas também começaram a bater. Não sei se Mandetta vai sentir que há clima para continuar, pois ele sabe que Bolsonaro não costuma desistir de seus objetivos e que qualquer tropeço seu poderá ser usado para derrubá-lo. O episódio serviu para mostrar que os generais dão a última palavra acerca das decisões do capitão.    

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