Garimpeiros tinham motivo para executar Bruno, não pescadores

Indigenista liderou operação que destruiu balsas de garimpeiros em 2019

(Foto: REUTERS/Bruno Kelly | Arquivo Pessoal)


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Tiro na cabeça é característica de execução por vingança. Bruno Pereira levou; Dom Philips, não. Ao contrário do que disse Bolsonaro, Bruno era “malvisto” na região, não Dom. 

Não havia motivo algum para qualquer vingança contra o jornalista inglês. 

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Contra Bruno, havia: em setembro de 2019 ele foi o cabeça da Operação Korubo, na qual balsas de garimpeiros ilegais de ouro foram incendiadas. 

A Funai puniu-o com demissão. Mesmo assim, ele continuou viajando à região, como consultor da Univaja. Fez várias viagens ao município de Atalaia do Norte, antes dessa, em que foi assassinado por pescadores ilegais, segundo a versão apresentada pela Polícia Federal.    

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E aí é que a versão não bate com os fatos. Não há registro de litígios de Bruno com pescadores ilegais. Por que se vingariam dele? Quem tinha motivos para vingança eram os garimpeiros aos quais Bruno causou um enorme prejuízo.

Apesar de ser uma linha de investigação óbvia, a possibilidade de garimpeiros serem os mandantes é ignorada pela Polícia Federal.

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Mais estranha ainda foi a declaração precipitada de não ter havido mandantes.

Bruno Pereira era o alvo. Dom Philips morreu porque estava com ele.

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