Fraternidade, unidade e desenvolvimento: a saudação de Xi Jinping a 2022

Xi Jinping, presidente da China e secretário-geral do Partido Comunista da China
Xi Jinping, presidente da China e secretário-geral do Partido Comunista da China (Foto: Xinhua)


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Por Hélio Rocha 

O ano de 2021 chega ao fim e, possivelmente, encerra um dos ciclos mais difíceis da história recente. Com o abrandamento da crise da Covid-19, o mundo poderá voltar a tratar de questões que, até 2019, pareciam as mais urgentes, como crescimento econômico, inovação tecnológica, combate à fome, pacificação de conflitos, dentre outros. A China, a primeira vítima do novo coronavírus e pioneira na busca de soluções para a doença, prepara-se para dar um passo importante nesse período de transição.

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Seu presidente, Xi Jinping, fez um pronunciamento à nação no dia 31 de dezembro, para chamar o povo aos laços de unidade, à constante construção de uma China próspera e a um futuro compartilhado, no qual os avanços chineses possam alcançar a comunidade global, adequando-se às diferenças sociais e culturais. “A construção de uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos e a eliminação da pobreza são compromissos já honrados pelo nosso Partido ao povo, e também contribuições ao mundo,” declarou o presidente.

Sobre o compartilhamento da prosperidade chinesa, Xi Jinping relembrou os esforços pela vacina contra a Covid-19: “Ao conversar por telefone ou videoconferência com líderes de países estrangeiros ou responsáveis de organizações internacionais, eles elogiaram várias vezes os trabalhos antipandêmicos chineses e as contribuições feitas pela China ao controle e prevenção da pandemia no âmbito global. Até agora, a China já forneceu 2 bilhões de doses de vacinas a mais de 120 países e organizações internacionais.”

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Xi Jinping também celebrou a chegada de mais um ano olímpico em 2022. Entre 4 e 20 de fevereiro, poucos meses após o sucesso das Olimpíadas de Verão em Tóquio, os cinco anéis olímpicos fazem uma curta viagem para desembarcar nas montanhas vizinhas de Beijing, que recebe os Jogos Olímpicos de Inverno. “Vamos render todos os esforços pela realização de uma edição maravilhosa dos Jogos Olímpicos para o mundo. O mundo tem expectativas para com a China e a China está pronta” disse o chefe de Estado.

O país, entretanto, enfrenta dificuldades internacionais, frutos de uma das mais reprováveis atitudes que misturam política e esporte: o boicote olímpico. Ameaçada pelos Estados Unidos, que já fizeram o mesmo contra a União Soviética em 1980, a China apela à comunidade esportiva internacional para o consenso de que não há mais Guerra Fria, e que economia e política nada têm a ver com a reunião de povos e culturas que marca as Olimpíadas. Os resultados têm sido favoráveis, e o porta-voz do governo chinês, Zhao Lijian, afirmou que funcionários americanos estão pedindo vistos normalmente para acompanhar a delegação do país nos jogos[1].

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Muitas dessas atitudes sinófobas, vindas de governos, empresas e pessoas comuns, ocorrem devido à desinformação. Vencer o preconceito e o obscurantismo também é algo urgente. O mundo todo pode ser prejudicado se a atuação da China, que mostra aos países pobres e emergentes que há outras possibilidades de construção de relações internacionais, for obstruída por interesses nacionais ou particulares empreendidos de forma hegemônica. Em 2020 e 2021, o país foi alvo de mentiras e distorções que envolveram a origem do vírus, o Afeganistão, suas minorias étnicas, suas regiões de sistema capitalista, seus atletas internacionais, etc. Nada comprovado, nada com direito ao outro lado. Na mesma linha, a solidariedade e o pioneirismo chineses no enfrentamento à Covid-19 e a excelência na pesquisa e conquista espacial foram escondidos.

Demonstrando a realidade de sua luta pela união do país, Xi Jinping deixou um recado esperançoso e amigável às Regiões Administrativas Especiais de Hong Kong e Macau. Também estendeu a mão para a população chinesa da província de Taiwan. “A pátria está sempre atenta à estabilidade e prosperidade de Hong Kong e Macau. Somente com a ajuda mútua e o esforço conjunto, o princípio de ‘um país, dois sistemas’ poderá ser aplicado a passos sólidos. A reunificação total da pátria é o desejo comum dos compatriotas nos dois lados do estreito de Taiwan. Espero sinceramente que todos os filhos da nação chinesa possam avançar de mãos dadas para abrir um futuro melhor da nação.”

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O ano de 2022, portanto, trará desafios e a China vai enfrentá-los, com a mesma perseverança de um país que se tornou potência após vencer a pobreza e a colonização. Porém, o ano promete ser melhor, porque a presença chinesa já é uma realidade e o mundo não permite hegemonia e intolerância, e pede por equidade e paz.

[1] Xinhua: http://portuguese.news.cn/2021-12/28/c_1310397806.htm

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