Francisco Weffort e o anticomunismo uspiano

Francisco Weffort
Francisco Weffort (Foto: Reprodução/Facebook)


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Um gentil e atencioso seguidor desta página perguntou se no lugar de "anticomunismo” eu não deveria escrever "antiestalinismo". É interessante esta pergunta. 0s intelectuais antiestalinistas foram para o PSB, embora continuassem gravitando em torno do PCB. Mas Francisco WEFFORT nunca esteve presente entre eles. A vertente teórica de Weffort parece ter sido a teoria dependência e a sociologia política americana. Não me recordo se ele tenha participado de atividades políticas nesse ciclo socialista ou pertencido aos quadros do antigo PSB do velho Otávio Manguabeira. Weffort se especializou em fazer a crítica ao pacto populista e aí sindicalismo dele resultante. É aí que a crítica dele atinge o pcb: no sindicalismo do imediato pós-guerra, onde os comunistas são retratados como pelegos e apoiadores de Getúlio, no famoso movimento queremos. Ao meu ver, há uma evidente na vontade e preconceito do autor em relação a linha política do PCB, nesse período. Chamar de subordinação uma convergência objetiva de interesses e o pragmatismo político dos comunistas. Além do que contradições e ambiguidades podem ser características da própria conjuntura histórica, não do Partido Comunista. Fez-se uma escolha racional naquela conjuntura específica. Se foi equivocada, são outros quinhentos. Ninguém tem clarividência plena dos fatos e a conjuntura muda. Como mudou, depois do fim da guerra e a deposição de Getúlio. É ocorreu o que maus se temia: a cassação política dos comunistas e uma grande repressão. Era isso que os comunistas temiam e queriam evitar com uma nova ditadura da UDN em aliança cm os militares golpistas.

Há muitas críticas ao trabalho de Weffort feitas pelos seus orientandos: Werneck Vianna, Maria harmonia Tavares e Ângela Maria de Castro Gomes.

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Há de se acrescentar que a intelectualidade paulistana sempre crítica da herança trabalhista de Getúlio Vargas. Tendo conspirado contra ela, inúmeras vezes. O próprio Fernando Henrique Cardozo, quando presidente da República, afirmou que sua missão era destruir esse legado. O que, de certa forma, ajudou a fazer como sua agenda da reforma do Estado, a filantropização das políticas sociais e a flexibilização das relações de trabalho.

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