Fracasso do megaleilão reflete desconfiança com Brasil de Bolsonaro
"O megaleilão pariu um rato. Isso não pode ser senão reflexo da desconfiança internacional em relação ao Brasil de Bolsonaro", diz Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia, sobre o fiasco do resultado do leilão do pré-sal. "E o Brasil de Bolsonaro não inspira a menor confiança", completa
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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia - Das 14 empresas internacionais interessadas, como a francesa Total e a inglesa BP, somente sete compareceram. Mas somente uma – a nossa Petrobras – fez oferta.
Em consórcio com as estatais chinesas CNOOC e CNODC – 90% da Petrobras e 10% da China – arrematou a joia da coroa (Búzios) e a segunda melhor área (Itaipu).
Das quatro áreas oferecidas na Bacia de Santos, tidas como a maior descoberta de petróleo do país, com baixo risco de exploração e mais de 4,5 bilhões de barris previstos, somente duas despertaram interesse.
Dos R$106,5 bi trombeteados pelo megaministro da Economia, Paulo Guedes a União arrecadou apenas R$68,2 bi.
Os números falam por si. O megaleilão pariu um rato. Isso não pode ser senão reflexo da desconfiança internacional em relação ao Brasil de Bolsonaro. Investidores em áreas sensíveis como o petróleo escolhem lugares politicamente estáveis para colocar seus bilhões. E o Brasil de Bolsonaro não inspira a menor confiança.
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Quem é que vai investir a longo prazo num país que tem um governo que a toda hora briga com inimigos externos e internos, imaginários ou não e é presidido por uma pessoa que mais parece um galo de briga que distribui esporadas a torto e a direito sem nenhum pudor?
Não há a menor garantia para os investidores, pois o risco de uma ditadura é real – não há dia em que não se fale disso - e tudo o que eles querem para seus negócios prosperarem é democracia. Ditadores fazem o que lhes dá na veneta.
A boa notícia é que o pré-sal de Búzios e de Itaipu vai continuar sendo nosso. Melhor assim.
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