“Fora Bolsonaro” pode deter ciclo de mortes e o neoliberalismo que sufoca o país

"É hora de dar um basta no ciclo de mortes e de destruição neoliberal: Sem vacinas, sem oxigênio, sem renda emergencial e sem empregos", escreve o colunista Milton Alves

Carreata Fora Bolsonaro em Recife
Carreata Fora Bolsonaro em Recife (Foto: Arthuro Souza)


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Por Milton Alves

O governo genocida de Bolsonaro e dos generais dementes sufoca o país. É hora de dar um basta no ciclo de mortes e de destruição neoliberal: Sem vacinas, sem oxigênio, sem renda emergencial e sem empregos, a maioria do povo padece sem perspectivas de melhoras no curto e médio prazo. Essa é a dura realidade em que o Brasil foi jogado.

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Bolsonaro vem perdendo, cada vez mais, apoio entre a população, mas ainda é sustentado internamente por um punhado de potentados da Faria Lima, por plutocratas da especulação financeira, comandantes militares das FFAA e meia dúzia de agrolatifundiários – todos com responsabilidades pelas mortes de mais de duzentos mil brasileiros pela pandemia de Covid-19.

É urgente remover Bolsonaro, e sua gangue criminosa do Planalto, para conter o desmonte do país, com o fechamento de empresas, as demissões no Banco do Brasil, a volta da inflação com a disparada dos preços da cesta básica, a fome, a miséria e o desalento que atingem milhões.

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Além disso, Bolsonaro e Guedes pretendem desfechar um novo golpe contra os serviços públicos, aniquilando os direitos do funcionalismo federal, com um projeto regressivo de reforma administrativa tão logo volte os trabalhos legislativos no Congresso Nacional. E contam para isso com a parceria dos partidos da velha direita neoliberal.

As carreatas de protestos ocorridas neste sábado (23), convocadas pelos partidos de esquerda e frentes de luta, foram um passo inicial importante para reforçar a luta pelo “Fora Bolsonaro”, pressionando pelo impeachment, que já acumula mais de 60 pedidos engavetados por Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, e aliado do governo da extrema-direita.

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Somente a mobilização popular é que pode garantir o fim do governo genocida e derrotar o projeto autoritário e neoliberal, iniciado pelo golpe de 2016. A batalha só pode ser vitoriosa a partir do protagonismo das ruas, com a esquerda e os movimentos sociais assumindo a linha de frente das mobilizações.

Doria, Maia, MDB, MBL, Rede Globo fingem que combatem Bolsonaro – na verdade, eles pretendem apenas “enquadrar o capitão” para seguir com a agenda de reformas de Paulo Guedes a favor dos bancos e das gigantes corporações capitalistas.

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Portanto, sem ilusões de “frente ampla” e de acordos por cima com essa gente. Aliar-se aos golpistas de ontem e de hoje, dar um crédito de confiança a eles, seja na eleição das mesas da Câmara e do Senado, ou na fraudulenta batalha da vacinação, só confunde a população trabalhadora, e só atrapalha o desfecho da luta por uma saída democrática e popular. Em suma, de uma saída pela esquerda -, a única via para derrotar o fascismo e o neoliberalismo de uma tacada só.

Nos próximos meses, a oposição de esquerda, em especial o PT, tem o desafio de separar o joio do trigo. Um duplo combate: Lutar em defesa da vida e dos interesses imediatos do povo trabalhador e, ao mesmo tempo, evitar o golpe continuado das classes dominantes, que também podem operar uma remoção acordada de Bolsonaro para a manter a higidez na aplicação da agenda neoliberal e de recolonização do Brasil.

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