"Fora Bolsonaro genocida" é o grito do Brasil de luta e de luto após o registro de 500 mil mortes
"A frente única da esquerda e dos movimentos sociais apontam que o caminho foi aberto: Agora é seguir uma agenda permanente e unificada de mobilizações, acumulando forças por uma saída popular e de esquerda da crise", escreve Milton Alves
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As ruas do país novamente deram um recado claro: Fora Bolsonaro genocida! Neste sábado (19J), os protestos populares foram marcados pela indignação e por uma triste cifra de mais de 500 mil brasileiros mortos pela Covid-19. O resultado de uma política negacionista e de descaso do governo federal no combate à pandemia.
O governo de Bolsonaro e dos generais é o responsável político e administrativo pela crise da pandemia que sufoca o país, da ausência de um plano vacinal unificado nacionalmente e da ação criminosa na recomendação de medicamentos sem eficácia para combater o coronavírus, como vem revelando a apuração da CPI da Covid no Senado.
A ideologia negacionista do governo da extrema-direita provocou e ampliou o contágio da Covid-19 entre a população, com a tese criminosa da “imunidade de rebanho”. A nefasta pregação em defesa da tese negacionista significou, na prática, a falta de contratação de leitos, de um maior investimentos no SUS, no atraso da compra de vacinas para aplacar o contágio e das inegáveis repercussões na economia, gerando o aumento das falências e do desemprego. Bolsonaro provocou o genocídio das pessoas físicas e da economia real -, principalmente dos pequenos negócios.
Bolsonaro é o coveiro do Brasil
A retomada das ruas pelos brasileiros de norte a sul do país é um ato de legítima defesa contra um presidente genocida, que insiste em negar a pandemia, que se recusa em adotar as medidas de maior isolamento social, que reduziu drasticamente o auxílio emergencial dos trabalhadores precarizados e que continua recomendando o abandono do uso das máscaras, uma medida protetiva básica e de baixo custo – comprovadamente eficaz.
A emergência das mobilizações populares é um fator-chave que pode acelerar a decomposição do governo de Bolsonaro e dos generais, que afundou o país na miséria, no genocídio da Covid-19, na pobreza e no desemprego de milhões. A pressão organizada nas ruas pode criar as condições políticas para enterrar o governo da extrema-direita, abreviando o sofrimento da população trabalhadora.
A frente única da esquerda e dos movimentos sociais apontam que o caminho foi aberto: Agora é seguir uma agenda permanente e unificada de mobilizações, acumulando forças por uma saída popular e de esquerda da crise, isolando ao mesmo tempo o acordão por cima da “terceira via” [o novo nome da frente ampla] e as maquinações golpistas de Bolsonaro.
A jornada do 19J foi vitoriosa: A Campanha Nacional da Frente Única Fora Bolsonaro estimou a realização de mais de 450 atos em todo o Brasil e no exterior. Ao menos 21 estados e o Distrito Federal registraram manifestações, que mobilizaram mais de 1 milhão de brasileiros. Em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, dentre outras, milhares de manifestantes bradavam pelo Fora Bolsonaro, por medidas emergenciais e contra as privatizações e o desmonte dos serviços públicos.
A luta segue também em memória dos mais de 500 mil brasileiros e brasileiras que perderam suas vidas.
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