Fome, o novo vírus acelera impeachment de Bolsonaro



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Presidente no sufoco!

“Lamento, taokey? Tá bom prá você.”

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Essa frase do presidente Bolsonaro em resposta à indagação sobre se ele vai ou não defender o auxílio emergencial, que o Congresso inteiro pede, coloca-o em sinuca de bico; não adianta negar, como fez até agora com o vírus e a vacina, como se a fome não estivesse alastrandom como o novo coronavírus, nas ruas das cidades em todo o país; o fim do auxílio emergencial joga na sarjeta mais de 60 milhões de pessoas, que estavam recebendo o auxílio de R$ 600; desmoronou-se, da noite para o dia, o castelo de carta; despenca-se, portanto, velozmente a popularidade do presidente; mais alguns dia sem auxílio algum, começará a ser vaiado; não poderá sair do palácio.

O novo vírus da fome apertada pelo desemprego e aumento da desigualdade social, tende a estrangular politicamente Bolsonaro; os políticos estão aparovados, com o cenho cerrado; a base eleitoral deles enche a porta de suas casas; com a pandemia, eles estão mais nos seus estados do que em Brasília; sentem a pressão social como algo irresistível, nesse momento; Guedes ao reagir à pressão com promessa de tirar recursos do orçamento da Educação e da Segurança, para bancar o auxílio emergencial causou rebelião geral; cresceram ataques ao ministro.

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No Congresso o entendimento é outro em relação ao auxílio; ele é o remédio contra crise emergencial impulsionada pelo ronco da fome; o auxílio emergencial evita que o país caia no abismo; trata-se de intervenção do Estado para garantir o consumo interno, como, comumente o Estado intervém para garantir os lucros dos capitalistas industriais e financeiros, mediante concessão de subsídios fiscais, tributários e creditícios; com a pandemia, a força do Estado se impõe como imperativo para resolver o impasse do auxílio emergencial em nome da estabilidade social e política.

A base bolsonarista, de ultra direita; a direita neoliberal e o centro-esquerda são um só discurso, nesse momento: auxílio emergencial já, tal como o outro, também, unânime: vacina já!; diante dessa pressão violenta que cresce a cada hora, não dá para Bolsonaro fazer gracinha, como fez com a China e acabou sendo desmoralizado; a fome emergente não aceita gracejos; a barriga roncando impõe nova realidade; cresce cobrança de tirar dos mais ricos para dar aos mais pobres; pode ou não crescer movimento para moratória da dívida interna por, pelo menos, um ano?; o setor financeiro, também, entraria, no ajuste fiscal; por que só os habitantes dos orçamentos sociais, permanentemente sucateados, como educação, segurança, saúde etc?

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Acirra a luta de classes

A pandemia requer maior intervenção estatal, como se verifica em todo o mundo; Bolsonaro vai na contramão, para proteger a banca, que leva a parte do leão(39%) do orçamento geral da União, de R$ 3,5 trilhões, realizado em 2020, segundo Auditoria Cidadã da Dívida; é a banca que acumula mais gordura para gastar; os outros setores estão só pele e osso; sem auxílio emergencial é a morte como resultado da fome; mas, ninguém morre sem reagir; agitações se formam, sem o auxílio emergencial.

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O erro estratégico dos neoliberais é tratar o auxílio como custo e não renda; quanto mais o governo libera de auxílio mais a economia gira e mais o governo arrecada; se se mantém os juros altos sustentados pelo BC para favorecer os banqueiros, mais distante fica possibilidade de garantir o auxílio; o auxílio emergencial é a vacina contra a fome; se Bolsonaro não comprar essa vacina, que remove o neoliberalismo e instaurar o desenvolvimentismo, vai ficar sufocado como ficou deixando faltar a vacina contra o novo coronavírus. Quando Bolsonaro despertará contra o vírus da fome, que já tá ai batendo na porta? O vírus da fome como, também, o da covid-19, não deixará a economia andar.

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