Folha, vá à Venezuela

No editorial "Pantomina Chavista", sobre as eleições na Venezuela, a Folha expôs uma narrativa ardilosa sobre o pleito. Como observador internacional dessas eleições, ao lado de autoridades de dezenas de países, não me recordo de ter visto a grande mídia brasileira cobrindo o processo. As autoridades venezuelanas acabam de convocar eleições municipais para dezembro. Apelo para que, dessa vez, o jornal se disponha a beber diretamente na fonte e vá à Venezuela cobrir os fatos. Ficar do Brasil divulgando opiniões fundadas em informações distorcidas não agrega ao bom jornalismo

No editorial "Pantomina Chavista", sobre as eleições na Venezuela, a Folha expôs uma narrativa ardilosa sobre o pleito. Como observador internacional dessas eleições, ao lado de autoridades de dezenas de países, não me recordo de ter visto a grande mídia brasileira cobrindo o processo. As autoridades venezuelanas acabam de convocar eleições municipais para dezembro. Apelo para que, dessa vez, o jornal se disponha a beber diretamente na fonte e vá à Venezuela cobrir os fatos. Ficar do Brasil divulgando opiniões fundadas em informações distorcidas não agrega ao bom jornalismo
No editorial "Pantomina Chavista", sobre as eleições na Venezuela, a Folha expôs uma narrativa ardilosa sobre o pleito. Como observador internacional dessas eleições, ao lado de autoridades de dezenas de países, não me recordo de ter visto a grande mídia brasileira cobrindo o processo. As autoridades venezuelanas acabam de convocar eleições municipais para dezembro. Apelo para que, dessa vez, o jornal se disponha a beber diretamente na fonte e vá à Venezuela cobrir os fatos. Ficar do Brasil divulgando opiniões fundadas em informações distorcidas não agrega ao bom jornalismo (Foto: Marcelo Uchoa)


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No dia 17/10, a Folha de São Paulo publicou entrevista com o Juiz de Direito do TJ/RS, Dr. André Luís Pinto em que este, na qualidade de acompanhante internacional credenciado junto ao Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) para monitoramento das eleições de governadores no país afirmou ter observado a realização de pleito limpo, transparente, aplicado segundo sistema moderno, eficiente e
"exemplarmente blindado a fraude".

Segundo disse, não houve embaraço ou obstrução ao exercício do direito de voto por parte da situação governista ou da oposição, apesar da rivalidade política, a atmosfera do pleito era pacífica, civilizada e respeitosa. Em 18/10, contudo, ignorando os fatos noticiados na entrevista da edição imediatamente anterior, a Folha divulgou o editorial "Pantomima chavista", expondo uma narrativa ardilosa sobre o pleito, contraditória com o que havia apurado junto ao juiz brasileiro, fazendo crer que as eleições teriam sido manipuladas através de coação, uso e abuso de irregularidades, expressão crua de um autoritarismo comum desde Chávez. Grotesco!

Também fui observador internacional dessas eleições ao lado do Dr. André Luís num rol de brasileiros ao qual se somavam outra juíza, um procurador de justiça, um destacado jurista e dois jornalistas. Conosco, autoridades políticas, judiciárias,jurisconsultos, jornalistas, professores, intelectuais de diversos setores sociais, profissionais de credibilidade em dezenas de países da América Latina, Estados Unidos,
Europa e Rússia.

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Não refutarei o Editorial da Folha, porque a entrevista do Dr. André Luís e uma rápida navegada pelo site do CNE (www.cne.gob.ve) são suficientes à tarefa. Apenas manifestarei um apelo. Como observador, participei de coletivas de imprensa e não me recordo de ter visto a grande mídia brasileira cobrindo o pleito, no que pese ter notado veículos de comunicação internacionais e locais exercendo o fundamental mister de divulgar o que ali acontecia.

Assim, uma vez que dando seguimento às orientações da constituinte do país as autoridades venezuelanas acabam de convocar eleições municipais para dezembro, considerando que a Folha não acredita na palavra de quem entrevista, apelo para que, dessa vez, o jornal se disponha a beber diretamente na fonte. Que não nos escute, mas vá pessoalmente à Venezuela cobrir os fatos. Ficar do Brasil divulgando opiniões fundadas em informações distorcidas (muitas vezes recebidas de agências internacionais comprometidas com o falso) não agrega ao bom jornalismo.

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