Foi dada partida ao projeto de violência da campanha de Bolsonaro

A colunista Hildegard Angel afirma que o assassinato de Marcelo Arruda foi consequência de 'um plano para exterminar agentes de segurança de esquerda'

Marcelo Arruda, militante do PT assassinado pelo bolsonarista Jorge da Rocha Guaranho
Marcelo Arruda, militante do PT assassinado pelo bolsonarista Jorge da Rocha Guaranho (Foto: Reprodução)


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Por Hildegard Angel, para o 247

Dois meses antes de ser morto pelo agente penal bolsonarista, José da Rocha Guaranio, o guarda municipal Marcelo Arruda disse numa palestra que os agentes de segurança não alinhados a Bolsonaro, como ele, seriam as primeiras vítimas de uma escalada de violência prevista para ocorrer no país por ocasião da campanha eleitoral.

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Pelo que se depreende da matéria, publicada na BBC.com, é tudo combinado.

Não foi uma reação espontânea de ódio do bolsonarista louco, ao passar na frente do clube, no final de uma rua sem saída, e ouvir os risos de petistas felizes. Foi a prática criminosa de fazer o "reconhecimento do local" antes de voltar para cumprir a missão de matar.

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Não foi um ataque de fúria de quem acordou de ovo virado. Foi a obediência a um plano de eliminação, a um projeto com método, visando prioritariamente exterminar os agentes de segurança de esquerda. Aqueles que Bolsonaro não conseguiu cooptar em sua obstinada bajulação nos quartéis, ao longo de quatro anos, desde a campanha em 2018. 

O objetivo seria eliminar os policiais "não alinhados", os que raciocinam e não se deixaram influenciar pela adulação do aspirante a ditador. 

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O objetivo final seria deixar o povo completamente indefeso, à mercê da ferocidade de policiais munidos com armas compradas por nós e sob a mira de para-militares, de milicianos e daquelas Forças Armadas, que interpretam que devem agir de acordo com os caprichos da besta, e não do que reza a Constituição. 

Esse povo, que não apoia Bolsonaro e deve ser controlado "a bala", é a grande maioria do Brasil. São os 70% que não votam nele. São os 55% que o rejeitam peremptoriamente. 

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Tudo muito estranho e com cheiro de pólvora queimada em assassinatos a sangue frio...

No dia seguinte a essa "ação", aparentemente planejada, Eduardo Bolsonaro festejou aniversário com um bolo que reproduzia um revólver. E ainda colocou a filhinha pra soprar as velas, pedagogia de uma família sanguinária. Pobre criança. 

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Um bolo de revólver não se faz de uma hora pra outra. Tem que providenciar com antecedência a forma especial, fazer o confeito elaborado. Esse bolo seria a mensagem necessária para sacramentar a ação do policial assassino e influenciar as redes sociais em sua defesa.

Ah, e ainda há, como possível evidência para confirmar o que Marcelo Arruda disse antes de ser morto (ler na imagem), a foto do Dudu Bananinha ao lado do criminoso, como parceiros sorridentes. Eles seguramente já se conheciam!

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#pedagogiadocrime #dudubananinha #projetodemorte

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