Foi dada partida ao projeto de violência da campanha de Bolsonaro
A colunista Hildegard Angel afirma que o assassinato de Marcelo Arruda foi consequência de 'um plano para exterminar agentes de segurança de esquerda'
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Por Hildegard Angel, para o 247
Dois meses antes de ser morto pelo agente penal bolsonarista, José da Rocha Guaranio, o guarda municipal Marcelo Arruda disse numa palestra que os agentes de segurança não alinhados a Bolsonaro, como ele, seriam as primeiras vítimas de uma escalada de violência prevista para ocorrer no país por ocasião da campanha eleitoral.
Pelo que se depreende da matéria, publicada na BBC.com, é tudo combinado.
Não foi uma reação espontânea de ódio do bolsonarista louco, ao passar na frente do clube, no final de uma rua sem saída, e ouvir os risos de petistas felizes. Foi a prática criminosa de fazer o "reconhecimento do local" antes de voltar para cumprir a missão de matar.
Não foi um ataque de fúria de quem acordou de ovo virado. Foi a obediência a um plano de eliminação, a um projeto com método, visando prioritariamente exterminar os agentes de segurança de esquerda. Aqueles que Bolsonaro não conseguiu cooptar em sua obstinada bajulação nos quartéis, ao longo de quatro anos, desde a campanha em 2018.
O objetivo seria eliminar os policiais "não alinhados", os que raciocinam e não se deixaram influenciar pela adulação do aspirante a ditador.
O objetivo final seria deixar o povo completamente indefeso, à mercê da ferocidade de policiais munidos com armas compradas por nós e sob a mira de para-militares, de milicianos e daquelas Forças Armadas, que interpretam que devem agir de acordo com os caprichos da besta, e não do que reza a Constituição.
Esse povo, que não apoia Bolsonaro e deve ser controlado "a bala", é a grande maioria do Brasil. São os 70% que não votam nele. São os 55% que o rejeitam peremptoriamente.
Tudo muito estranho e com cheiro de pólvora queimada em assassinatos a sangue frio...
No dia seguinte a essa "ação", aparentemente planejada, Eduardo Bolsonaro festejou aniversário com um bolo que reproduzia um revólver. E ainda colocou a filhinha pra soprar as velas, pedagogia de uma família sanguinária. Pobre criança.
Um bolo de revólver não se faz de uma hora pra outra. Tem que providenciar com antecedência a forma especial, fazer o confeito elaborado. Esse bolo seria a mensagem necessária para sacramentar a ação do policial assassino e influenciar as redes sociais em sua defesa.
Ah, e ainda há, como possível evidência para confirmar o que Marcelo Arruda disse antes de ser morto (ler na imagem), a foto do Dudu Bananinha ao lado do criminoso, como parceiros sorridentes. Eles seguramente já se conheciam!
#pedagogiadocrime #dudubananinha #projetodemorte
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247