FMI fura teto de Bolsonaro/Guedes e adota Plano Lula
O presidente Bolsonaro acaba de receber nota altamente negativa do FMI e do Banco Mundial. Ambos condenam e querem fim do teto neoliberal de gastos
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Basta ao austericídio fiscal
O presidente Bolsonaro acaba de receber nota altamente negativa do FMI e do Banco Mundial. Ambos condenam e querem fim do teto neoliberal de gastos. A receita de Paulo Guedes entra em debacle e sobe para discussão geral o Programa de Reconstrução Nacional petista, lançado há duas semanas. Suas premissas básicas são as recomendações do Fundo Monetário Nacional e Banco Mundial: abaixo o teto de gastos, mais investimentos em programas sociais, para aquecer mercado interno, auxílio emergencial de R$ 600 aprovados pelo Congresso e reforma tributária distributiva de renda.
O FMI/BIRD se convenceu, com sua recomendação de hoje, que o modelo Guedes se estressou geral.
Deixou de ser útil. Não ganha eleição. Bolsonaro, que está nos braços do Centrão, saiu da ultradireita para o Centro. Nova metamorfose ambulante, mudou de endereço, jogando fora o figurino fundamentalista, racista, homofóbico. A ordem do FMI será seguida ou não por Bolsonaro? Vai continuar engolindo o discurso de Paulo Guedes, que se desmoralizou? FMI fara teto de Bolsonaro e adota Lula.
Ao que parece, o presidente vai cumprir a sua sina de copiar o PT, recomendado pelo FMI, quando o calo aperta para ganhar eleição. Ele distraiu o país até agora com políticas identitárias ultradireitistas para agradar seus radicais supremassistas xerox de Tio Sam. Mas, isso não enche barriga, cansou.
Chegou a hora da onça beber água. Desmorona-se o identitarísmo ideológico fundamentalista. Entra em cena a disputa real: a renda nacional. Os R$ 600 aprovados pelo Congresso aumentou a popularidade do presidente, porque aumentou arrecadação para novos investimentos. A espuma de maré que são as políticas identitárias perdem importância. Com o Auxílio Emergencial, o presidente ganha eleição; sem ele, o perigo de perder se multiplica. O FMI deu alerta para Bolsonaro..
Tio Sam teme China
Diante da recomendação de Washington, Bolsonaro fica entre o mercado financeiro, que manda cortar gasto, e o FMI, que manda aumentar gasto. Ou seja, Washington já sabe que a receita Guedes fracassou.
O radicalismo social que o teto de gastos cria favoreceria, para o FMI, geopolítica chinesa e russa. Para quem Guedes estaria trabalhando: Moscou-Pequim ou Washington? Geopolítica estratégica de Washington luta para evitar que a América do Sul caia em poder dos chineses.
A receita de Washington/FMI/Bird de aumentar gastos para reanimar a economia visa, sobretudo, evitar debacle econômica que favoreceria os interesses geopolíticos chineses e russos.
Ambos estão em dobradinha universal, abrindo picadas históricas na nova fronteira econômica global: a Eurásia. Temeroso desse futuro , Washington mandou FMI ser claro: romper o teto de gasto e ir no rumo de políticas sócias, com as do PT, que montam o arcabouço do Programa de Reconstrução Nacional do PT, lançado há duas semanas por Lula.
Enfim, o FMI faz discurso de Lula: furar o teto de Guedes.
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