Fireman: um ex-tucano no governo petista
O alagoano Marco Fireman avalia que não há incompatibilidade em ser um ex-tucano no governo do PT. Pelo jeito, o ex-secretário de Infraestrutura, quase candidato a governador de Alagoas e atual presidente da CBTU virou político
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Por indicação do senador Benedito de Lira (PP), o alagoano Marco Fireman assumiu o comando da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos). A escolha do seu nome já havia sido tomada há um bom tempo, mas nada de sair a nomeação.
Na corrida para se recompor politicamente para enfrentar o impeachment gestado pelo PSDB, fruto da demora do governo Dilma em atender os partidos da base aliada, o que ajudou, e muito, na insatisfação e na crise política na Câmara dos Deputados, somente na semana passada é que Fireman foi nomeado.
Oriundo dos oito anos de governo tucano de Teotonio Vilela em Alagoas, Marco Fireman foi um dos principais assessores. Comandou a poderosa Secretaria de Infraestrutura e presidiu o PSDB de Maceió. Confiou no governador que o estimulou a sucedê-lo no governo.
Mas rompeu ao perceber que fora enganado. Fireman garante que a mágoa foi superada. Aprendeu, apanhando, que as questões pessoais e políticas não podem estar misturadas. Ou seja, o presidente da CBTU amadureceu. Ele descobriu que a política real significa a união de interesses.
Ele mantém uma ótima relação com a bancada federal. Enquanto conversa recebe várias ligações. Avalia que não há incompatibilidade em ser um ex-tucano no governo do PT. Afinal de contas, foi o PSDB que não lhe abriu espaço na política, portanto, não fazia parte do projeto para o governo, ou para deputado federal.
Sobre o momento de crise política, diz que não vai vivê-la, e que vai tocar os projetos e realizar. "Cabe aos partidos da base trabalhar pela governabilidade. Na política econômica o ex-tucano avalia que o governo Dilma errou na condução ao reduzir tributos e gastar muito na área social". Agora, diz ele, é preciso encontrar o equilíbrio. Marco Fireman defende a volta da CPMF.
Pelo jeito, o ex-secretário de Infraestrutura, quase candidato a governador de Alagoas, e atual presidente da CBTU, virou político.
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