Financiamento de campanhas: a batalha final

Partidos progressistas farão a última tentativa de derrubar a regra que Eduardo Cunha tudo fez para incluir na Constituição



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Na atual legislatura, dez empresas fizeram doações eleitorais para 360 deputados, segundo pesquisa do deputado Ivan Valente (PSOL-SP). “Isso revela uma casa atrelada a interesses econômicos”, diz ele. Amanhã, na votação dos destaques da emenda sobre o financiamento empresarial de campanhas, os partidos progressistas farão a última tentativa de derrubar a regra que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tudo fez para incluir na Constituição. Concluir a reforma política e eleitoral é a questão de honra para Cunha nesta última semana do recesso.

O destaque do PC do B suprime o artigo que constitucionaliza o financiamento privado, o que exigiria a aprovação de uma nova regra. Jandira Feghali, líder do partido, acha difícil mas não impossível, visto que a emenda chegou a ser rejeitada uma vez, e aprovada numa segunda oportunidade criada por Cunha.

Outra grande batalha entre os campos progressista e conservador será travada na votação dos destaques da nova lei de regras eleitorais. Vários dispositivos serão objeto de destaque mas a esquerda centrará fogo na mudança do limite de doações privadas, fixado no texto inicial em 65% do gasto maior para cada cargo verificado na última eleição. Este nivelamento por cima permitirá a cada candidato a deputado, por exemplo, gastar mais de R$ 4 milhões. Um limite que favorece os candidatos ricos, corporativos ou representantes de grandes grupos econômicos.

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