Ficar neutro é apoiar Bolsonaro
"Já se vê, aqui e ali, ex-candidatos à presidência, perdedores, e outros políticos dizendo que vão ficar neutros no segundo turno, não vão apoiar ninguém. Lavam as mãos, achando que assim as conservarão limpas. Preferem o voto em branco. Ora, na conjuntura atual, isso significa eleger Bolsonaro", escreve o colunista Alex Solnik; até o momento, FHC recuou em apoio a Haddad, Ciro nada oficializou dois dias após a eleição, dizendo que vai defender o "menos pior", o partido Novo informou que não irá apoiar ninguém, mas soltou nota criticando o PT, e Marina ficou em silêncio
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Já se vê, aqui e ali, ex-candidatos à presidência, perdedores, e outros políticos dizendo que vão ficar neutros no segundo turno, não vão apoiar ninguém. Lavam as mãos, achando que assim as conservarão limpas. Preferem o voto em branco.
Ora, na conjuntura atual, isso significa eleger Bolsonaro.
Dada a distância que o separa de Haddad, e a sua proximidade aos 50% mais um, quanto mais votos em branco, ou seja, inválidos, menos votos ele vai precisar para se eleger.
Políticos que estimulam a neutralidade estão apoiando Bolsonaro sem querer, ou sem querer querendo.
É inacreditável que políticos experientes como Alckmin, Marina e Kátia Abreu não percebam isso. Ou então percebem e esperam que seus eleitores não percebam. Se é que ainda têm algum eleitor. E estão ajudando a enterrar a democracia.
É inaceitável que um ex-presidente da República como Fernando Henrique Cardoso diga nessa hora grave que vai esperar para ver se apoia Haddad. Por enquanto fica em cima do muro.
O Amoedo, que é político novo, já fica avisado: ao dizer que vai ficar neutro, está ajudando a eleger Bolsonaro.
A verdade é que o voto neutro, neste segundo turno, é o voto envergonhado em Bolsonaro.
Quem não quer eleger Bolsonaro tem que necessariamente votar em Haddad. Não há outra opção.
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